Os Estados Unidos da América foram até hoje o único país que utilizou a arma nuclear. Há setenta e dois anos. Muito perto da Coreia. Em Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Os dirigentes daquele país com o pretexto de obrigar o Japão a render-se exibiram perante o mundo serem detentores de uma arma de destruição massiva que mais ninguém tinha. Eram os senhores do mundo. Durou pouco tempo esse monopólio. A URSS também foi capaz de a produzir. Seguiram-se a França, a Inglaterra, a China. À revelia deste clube 5 a India, o Paquistão, Israel, a África do Sul e o Brasil entraram no clube. Com o fim do apartheid e a democratização do Brasil, ambos os países desfizeram-se daquelas armas, enquanto outros tentavam produzi-las, designadamente Iraque e Líbia.
Categoria: Política Internacional
Trump Fanfarrão, Cordeirinho dos Generais
Aí está Trump, o isolacionista, o que falava de regresso às fronteiras da América do Norte, afinal de regresso à velha América intervencionista. Aliás como não podia deixar de ser, se se pensasse um pouco e não se deixasse levar por instintos como Donald Trump.
Num primeiro instinto, disse Trump queria tirar as tropas do Afeganistão, num primeiro instinto, o homem a quem os norte-americanos elegeram como presidente, atirou para o ar o que sabia cair bem junto de grandes faixas do eleitorado.
Mas não só em relação ao Afeganistão; fê-lo com a NATO e semeou aos ventos a ideia de que, com ele na presidência, a América estaria primeiro ; daí instintivamente a adesão desses segmentos das população ao homem dos instintos.
Trump faz lembrar um velho rufião manhoso, conhecedor dos lados podres dos EUA, de onde veio e que cultivou a imagem de um homem fora do establishment , um homem fora da política e de sucesso nos seus mega negócios.
Ele sabia que aquela era a imagem que vingaria num primeiro instinto em todos os descrentes nos políticos do país.
Segundo a sua filosofia, nele podia-se confiar porque o caminho que percorrera era o do sucesso privado, em contraste com o mundo do Congresso e da política.
Seria o homem para endireitar a América em perda de força, e ele sabia como dar-lhe a força perdida, a tal “Great America” ou “America first”… Quem nestas largas camadas sociais não quereria o regresso das tropas espalhadas pelo mundo? Quem entre estes americanos não quereria voltar a ver a América como terra de sonho? Quem?
Trump vai mostrando ao mundo que saber manejar o Twitter não é suficiente para dirigir a nação mais poderoso do mundo.
Ao longo destes angustiantes meses de Trump na presidência, cada vez se vai tornando mais claro que ele não tem um programa de governo e vive aos solavancos e às guinadas, criando fantasmas e escondendo-se da realidade atrás de mensagens em que as de ontem se atropelam com as de hoje.
Um homem com estas características é facilmente domado pelos poderes estabelecidos, organizados em torno de altos interesses, como os do complexo militar-industrial.
Trump foi chamado “à ordem” pelos generais do Pentágono e tal recomendação bastou para que em vez de tirar as tropas do Afeganistão, ele anunciasse o reforço da presença militar por tempo indeterminado.
O fanfarrão precisava de uma fanfarronice e, como vive de instintos, alegou que não diria nem como as tropas agiriam , nem quando sairiam, mas apenas que ficariam lá a matar terroristas… tal como todos desde Bush.
É verdade que devem ter conseguido matar centenas ou milhares de talibans, mas não deixa de ser verdade que o Afeganistão é hoje um país inseguro e incapaz de fazer frente aos talibans que os EUA proclamaram com Bush terem derrotado. Estranho e bizarro fenómeno. Tão bizarro que Obama aceitaria negociar com os talibans um acordo, não obstante os EUA terem proclamado a sua derrota.
Os talibans e os serviços de inteligência paquistanesa são unha com carne porque assim foram instruídos pela CIA e outros serviços dos USA.
O Paquistão é o grande aliado dos EUA na região e a retórica de Trump visa justificar a humilhação de ter de desdizer o que apresentou como uma das grandes ideias da sua campanha.
Nos EUA o Presidente manda quando manda, mas quem manda a sério, como se está a ver, são os generais que Trump tanto enaltece.
Este tipo de personagens são perigosos porque vivem ao sabor dos ventos e são levados por quem tem o leme das decisões importantes e cria a corrente dominante, como é o caso da política externa de que em certa medida o mundo depende.
Armado em valentão, durante a campanha, contra a política dos EUA no mundo, aninha-se agora e como um bom rapaz e justifica-se dizendo que na sala oval as coisas são diferentes.
Não fará frente aos interesses instalados e continuará com a verborreia que habituou a América e o mundo, mas na sala oval será o cordeirinho dos generais do Pentágono. Assinará o reforço por tempo indeterminado o reforço das tropas no Afeganistão. Como um imperialista de gema.
Os Solavancos e as Guinadas da Política Externa dos EUA
Nos EUA, desde que Trump foi eleito, democratas e republicanos vão passando o tempo a descobrir conspirações russas durante a campanha eleitoral. Estão envolvidos familiares, assessores e colaboradores próximos do Presidente na alegada colaboração com a Rússia para impedir a eleição de Clinton. Pouco mais existe que a Rússia na política externa dos EUA. A Venezuela… a Coreia do Norte, a China, a Arábia Saudita.
Em Hamburgo, Trump e Putin chegaram a um acordo parcelar quanto à situação na Síria, um assunto bem difícil no relacionamento entre os dois países. Celebrado o acordo, com o regresso a Washington de Trump, o Congresso anunciou novas e duras sanções contra a Rússia.
O novo e moderno czar da Rússia ordenou a expulsão de 755 diplomatas dos EUA. 755. O antigo conflito entre a URSS e os EUA mantem-se, embora a Rússia tenha feito o socialismo colapsar, optando pelo capitalismo cujo farol é o país de Trump. Impõe-se perguntar: não sendo antagónicos os regimes, antes similares, por que se digladiam a este ponto?
Trump no País das Decapitações
Ninguém duvidará que a primeira viagem ao estrangeiro de Donald Trump, o Presidente do país mais poderoso do mundo, foi objeto de consideração ponderada dos mais diversos pontos de vista. É de presumir, não obstante a confusão que vai reinando na Casa Branca, que a viagem tenha sido analisada ao pormenor mais ínfimo. Segundo as mais recentes notícias, chamou Kissinger e uns tantos experimentados na diplomacia, tal é o medo de um espalhanço à Trump.
Vítimas Inocentes
As vítimas inocentes dos atentados hediondos dos terroristas criminosos do Daesh em Paris, em Nice, em Bruxelas, em Berlim e em Londres fizeram estremecer a opinião pública mundial.
Monarcas, Presidentes da República, Primeiros-Ministros, autoridades religiosas tomaram posições fortes de condenação de semelhantes barbaridades.
Todos sentimos repulsa pela morte de gente cujo crime era ir buscar o filho ou comemorar o aniversário de casamento ou festejar o encontro de namorados ou passear àquela hora naquela ponte sobre o Tamisa.
Como se pode matar por matar, ainda por cima no coração de Londres, ao pé do Parlamento… o que explica (se é que há explicação) a conduta do homem nascido no condado de Kent? Era um louco, um terrorista?
Os mortos de Londres levam-me a outros mortos, a dezenas de milhares de mortos.
Em 2003, em 16 de março, há quatorze anos, José Manuel Durão Barroso recebia nos Açores o inglês Tony Blair, o norte-americano George W. Bush e o espanhol Aznar.
Foi ali que se iniciou o “momento zero” que conduziu à guerra e à invasão do Iraque contra o direito internacional e à margem da ONU.
A guerra provocou a morte de centenas de milhares de mortos (os números vão de 150.000 a 1.000.000). Dezenas e dezenas de milhares de inocentes.
Guerra é guerra, dirão alguns.
Mas aquela guerra fundou-se numa brutal mentira e foi em nome de uma mentira que se criou o terreno para uma guerra ilegal, injusta, suja e que levou o Médio Oriente ao ponto em que se encontra.
Não têm perdão os terroristas que a frio matam com um carro ou camião ou com faca ou a tiro.
E têm perdão os mais poderosos que do alto dos seus aviões ordenaram a matança dos iraquianos e dos afegãos?
É nesta a angústia que o mundo está mergulhado.
Como podem os mortos, a quem lhes foi roubada a vida de modo infame, serem considerados todos iguais?
Se não dermos conta que um iemenita ou um sírio ou um marroquino é um ser humano como um inglês ou um francês ou um romeno talvez não consigamos compreender que o mundo se tornará num local absolutamente explosivo onde o outro é de outro mundo e entre nós e os outros só poderá haver a barreira da morte.
Homenageemos os “nossos” mortos, sem esquecer todos os mortos que morreram inocentemente, os que iam do seu trabalho para casa em Faluja ou em Londres ou em Nice, ou em Berlim ou em Bagdad. Em todo o lado. Se queremos um mundo mais humano e justo.
O Conselho das Mulheres na Arábia Saudita só Tem Homens
No reino dos sabres, que fazem rolar, às sextas feiras, as cabeças dos condenados à morte depois de decepadas ,há um Conselho das Mulheres.
O Conselho das Mulheres é composto exclusivamente por homens. Os homens no poder na dinastia Saud entregaram aos homens a composição do Conselho das Mulheres.
As mulheres ficam numa sala adjacente. Pode ser que os homens precisem, em última instância… e há que as ter por perto, numa sala ao lado, uma espécie de proteção dos olhares dos homens sauditas…
As mulheres na Arábia Saudita não têm que se preocupar com os assuntos que lhes dizem respeito; os seus tutores homens encarregam-se disso.
E para que não haja qualquer tentação ou qualquer ideia subversiva de igualdade entre homens e mulheres quando o Conselho das Mulheres reúne elas ficam numa sala onde acedem aos homens, se eles decidirem, por via da internet. É este o estatuto das mulheres na Arábia Saudita.
Fraticídio
Não há muito pudemos ver uma mulher aproximar-se de um homem numa fila do aeroporto internacional de Kuala Lumpur e colocar-lhe na cara algo que o levou à morte.
O homem que morreu era meio irmão do Presidente da Coreia do Norte.
Os irmãos, mesmo quando apenas filhos do mesmo pai, protegem-se e auxiliam-se uns aos outros. É o que se sabe. Pode acontecer não serem grandes amigos. Há, todos conhecem, casos de irmãos não se darem. É da vida.
Um Presidente da República de um país pode ter um irmão ou meio irmão de quem não seja amigo ou com quem não se dê bem por motivos vários, sobretudo se desconfiar que pode ter apoios no país vizinho.
Mas em pleno século XXI um Presidente da República ordenar a morte do seu meio irmão num outro país afetando, para tanto, meios químicos, só ao alcance do Estado, é algo que ultrapassa de um modo violento a normalidade de um Estado se relacionar com outros Estados.
E que pensar de um homem de pouco mais de trinta anos se relacionar com o familiar meio irmão um pouco mais idoso perpetrando o seu homicídio…
Talvez se possa imaginar, que se para assassinar o seu meio irmão é capaz de criar um problema gigantesco com a Malásia, a sua capacidade de aterrorizar a população da Coreia do Norte, que sendo uma República é dirigida como se fosse uma monarquia de há cinco ou seis séculos retratadas nas obras de William Shakespear, não deve ter limites.
Pobre coreanos cujo país tem bombas atómicas e um presidente capaz de fratricídio. No entanto não têm alimento, nem sossego.
Que o Mundo se Cuide de Trump!
Donald Trump, o novo Presidente dos EUA, com a sua política de perseguição aos imigrantes veio acrescentar um sério e novo problema aos muitos que os países de origem desses imigrantes enfrentam agravando também os das regiões mais próximas desses países.
A tragédia que o Iraque vive há mais de uma década resulta da invasão levada a cabo pelos EUA contra o direito internacional.
Os iraquianos fugiram da guerra devastadora, a qual abriu espaço a um novo conflito militar e à ocupação de parte do território pelo Daesh.
A invasão do Iraque baseada num monumental embuste que envolveu figuras menores como Durão Barroso e Paulo Portas não destruiu o que não havia – armas de destruição massiva – mas destruiu o tecido da nação iraquiana levando à sua fragmentação entre chiitas, sunitas e curdos.
Não levou à instauração da democracia, nem ao respeito pelos direitos humanos, antes fazendo o país viver muito pior, em termos de respeito pelos direitos humanos, que no reinado totalitário de Saddam Hussein, como hoje é reconhecido universalmente.
O Iraque antes do embargo e da guerra era um país rico e que recebia mão-de-obra de muitos países, incluindo de Portugal. A guerra, como seria de esperar, levou ao êxodo dos iraquianos, criando nos países vizinhos novos problemas, somando aos que já haviam e não eram poucos.
A Líbia era um que precisava da mão-de-obra ocidental, quer a mais especializada, quer a outra. Era um país enorme produtor de petróleo e uma nação estável, dirigida por um homem que impunha um sistema repressivo, mas nada que se compare com o que está a acontecer desde que os EUA, a França, e o Reino Unido decidiram derrubar o regime e contribuir para o assassinato cruel (sem julgamento ou farsa como no Iraque em relação a Saddam) do homem com quem fizeram chorudos negócios.
Milhares de portugueses foram trabalhar para a Líbia à procura de condições de vida que não encontravam no seu país.
No que se refere à Síria governada por uma espécie de república monárquica com base na família Bachar o regime repressivo em termos de liberdades democráticas foi sempre um travão sério aos fundamentalistas islâmicos e na região um dos mais respeitadores das minorias cristãs, ao contrário da Arábia Saudita onde só é respeitada a fé muçulmana na versão Wahabita, muito próxima da praticada pelos jiadistas do Daesh.
A guerra civil entre o regime laico e repressivo de Bachar e os islâmicos do Daesh apoiados pela Arábia Saudita, Catar e Kuwait dilacerou o país e fez com que o Estado Islâmico pudesse ocupar uma enorme porção daquele país. Nestas condições os sírios fugiram do inferno criado pelo brutal confronto militar.
O Iemen é palco de um conflito militar que vem de muito longe (no período da guerra fria havia o Iemen do Norte e o Iemen do Sul, o primeiro próximo dos EUA, o segundo da URSS) e que as duas potências regionais ( Arábia Saudita e o Irão) exploram a fundo, sendo certo que a Arábia Saudita sempre teve ambições de anexar parte do território iemenita.
Há mais de um ano que os aviões sauditas bombardeiam o Iemen, e esta é uma verdade indesmentível.
Os EUA são os principais responsáveis pela situação criada nestes países cujos nacionais são agora também deste modo vítimas da sanha persecutória de Donald Trump.
Não bastava a estes países terem sofrido os horrores das guerras provocadas pelos EUA(caso doIraque) e do Ocidente/Nato no caso dos outros países envolvendo sempre os EUA em grande escala e sem a colaboração do qual talvez não tivesse sido possível levar a cabo as intervenções abertas e encobertas.
A ordem de Donald Trump, entretanto considerada ilegal pelos tribunais daquele país, é uma nova violência brutal sobre os cidadãos daqueles países muçulmanos e incompreensível à luz da escolha dos visados tendo em conta que o ataque de 11 de setembro aos EUA tinha como terroristas uma maioria de cidadãos de origem da Arábia Saudita, o país cujo petróleo interessa à nova Administração ( e às anteriores) e os multibilionários negócios de venda de armamento.
Trump justificou estas medidas como sendo essenciais para a segurança da América embora não tenha adiantado factos que sustentassem essa tese.
Não se pode esquecer que George W. Bush invadiu o Iraque exatamente com base na defesa da segurança dos EUA por causa das armas de destruição massiva e do terrorismo; Trump usa o mesmo argumentário.
Trata-se de uma política perigosa vinda de um homem que se apoia em figuras ligadas a círculos da extrema-direita e tremendamente reacionários. A falta de consistência da política trumpista é um perigo para o mundo. Trump à solta pode incendiar o mundo.
Trump com estas políticas vai fazer recrudescer nas populações daqueles países e no mundo muçulmano em geral uma radicalização anti-EUA e Ocidente.
Por outro lado a proximidade da Europa do Próximo e Médio Oriente acarreta novos problemas aos países europeus já a braços com a crise dos refugiados. Será mais um problema a juntar a tantos que a União Europeia defronta.
Que se cuide o mundo, cuidando de derrotar a política trumpista.
O Insolente Schäuble
O Sr. Schäuble, ministro das Finanças da imperatriz Merkel, não tem estaleca para viver em conjunto com outras nações, designadamente com aquelas que escolhem o seu próprio caminho político.
Ao Sr. Schäuble a vontade de um povo em eleições livres nada lhe interessa. Para ele o que conta é a sua predileção política, o que significa que para a grosse Deutschland todos os que não alinham com os seus desígnios correm sérios riscos de ter resgastes.
Schäuble gostava do seu homem, do Dr. Passos … um amor, mas não devia passar dessa simpatia amorosa pelo homem que se guiava pelo eixo de Berlim e castigava os portugueses pela sua desgraça.
Os ministros de um dado país devem respeitar a vontade soberana de um povo de outro, não se ingerindo e pressionando esse país.
O Sr. Schäuble ao declarar que este governo não está ir bem como ia o anterior, ofendeu grosseiramente a soberania portuguesa, a qual reside na vontade popular que levou à formação do atual governo.
Sabemos que a soberania anda pelas ruas da amargura; e só por isso este sátrapa confunde Portugal com uma coligação de direita que se borrava diante da dupla Merkel/Schäuble.
Schäuble é da estirpe imperial que não aceita outra realidade que não seja a que serve os interesses da alta finança alemã.
Para a Alemanha já interessa a defesa dos interesses alemães, mas para Portugal o que devia contar, segundo Schäuble, era o que os mercados financeiros achassem melhor, sendo certo que quem tem a palavra decisiva nesses mercados é a alta finança alemã.
O governo de Passos era um fofo para a Alemanha, orientava-se por aquela bússola e ia para além do que a troika impunha ao protetorado lusitano.
Brandia o chicote e zás no lombo dos portugueses, calaceiros, malandros, pobres, que tinham de empobrecer para os senhores alemães, holandeses, franceses e ingleses virem a terras portuguesas contratar mão-de-obra a preço da uva mijona.
Nos corredores da grande metrópole berlinense ouvia-se o contentamento por em Portugal haver um governo que compreendia a Alemanha e colocava os mercados über alles –“ Temos governo” diziam os conservadores alemães a cada medida da austeridade que Schäuble quer continuar a impor a Portugal e ao sul da Europa para os alemães terem muito mais feriados que os portugueses, ganharem altamente e virem cá de férias gastar uma ninharia comparado com o que teriam de pagar pelos mesmos serviços na Alemanha…
Quem esqueceu aquela expressão angelical do Sr. Prof. Vitor Gaspar curvado para o austero Schäuble … Desta gente o sátrapa já aprecia.
Podia lá o Sr. Schäuble gostar de um Costa que estancou o empobrecimento a galope do seu querido seguidor, o Dr. Passos acolitado pela Sra. Prof. Maria Luís da Arrows… além disso o que vale a vontade de um povo expressa na composição do parlamento com a do grande império?
O cavalheiro vai ter de aprender a viver com a vontade democrática do povo português e devia saber que o tempo da campanha eleitoral findou e ainda que pressões e ingerências são uma grosseira ofensa ao Estado português e a todos os portugueses, inclusive aos que votaram no PSD e CDS.
Mas isso era preciso que ele compreendesse o que é viver entre Estados independentes onde os governos são constituídos no parlamento e não na capital do império.
Não será de esperar que o cavalheiro mude o chip porque essa não é a matéria de que é feito. As vezes que tem falado ingerindo-se, pressionando Portugal, mostra o calibre desta alma agoirenta no que refere à defesa dos mercados, dos alemães em detrimento dos outros países e dos seus cidadãos.
A sua alma de insolente irá com o senhor até ao fim da vida. Saibam os portugueses dar-lhe a devida resposta. Um povo de um país independente há oitocentos e setenta e três anos não pode aceitar estas grosseiras ingerências de um dos políticos mais influentes da Alemanha. O governo alemão deve explicações ao governo e ao povo de Portugal. Basta de insolência. A imperatriz nem que seja para fazer de conta deve segurá-lo na sua incontinência se é que pode ou quer.
A Mulher que Cozinha Cabeças de Jiadistas e as Dá a Comer
A mulher que cozinha a cabeça dos jiadistas mortos pelas forças iraquianas do governo chama-se Wahida Mohamed ou Um Hanadi, nome de guerra.
Desde 2004 que combate os terroristas jiadistas lutando ao lado dos setenta homens das forças de segurança, tendo se especializado em cozinhar as cabeças dos mortos e a queimar os seus corpos.
A notícia do Jornal de Notícias de 30/09/2016 dá conta da admiração que nutrem pelo seu empenho.
Há uns tempos atrás as notícias dos media informavam que os jiadistas do Daesh arrancavam o fígado e o coração aos combatentes aprisionados ou mortos e que comiam essas vísceras.
As notícias pouco mais diziam. Caíam tal-qualmente. Depois o silêncio que tomba sobre cada um com notícias como estas.
De um lado a alegria do festim orgíaco das forças governamentais e da coligação a comer as cabeça cozinhadas pela Um Hanadi, veterana destes preparativos e, do outro lado da barricada, A mesma festa cozinhada de fígados e de corações de gente morta ou assassinada pelos jiadistas.
Esta guerreira dos governamentais iraquianos tem um grande orgulho em ser procurada pelos líderes jiadistas do Daesh. Segundo a notícia já assassinaram os seus dois maridos e os três irmãos.
Não há guerras boas. Todas são horríveis. Todas. Todas. Geram monstruosidades. E monstros.
Há , porém, guerras que pelo seu grau de crueldade ainda nos deixam sufocados pelo impacte da sua desumanidade e barbaridade.
Um Hanadi à custa de tanto cozinhar cabeças muito provavelmente despojou-se da sua qualidade de ser humano. Provavelmente nem repara que os olhos vidrados dos mortos são de seres humanos.
Os terroristas jiadistas em nome de Alá que nem sequer foi ouvido ou deu qualquer ordem que se conheça cozinham e comem fígados de outros seres humanos; segundo a sua religião filhos de um mesmo deus.
Quem se atreve a dar razão a um dos lados?
Será que as armas que ela empunha são made in USA ou Israel ou Saudi Arabia? Será que as armas dos jiadistas do Daesh não terão a mesma origem?
Há que combater a barbárie. Sem dúvida. Mas a barbárie não se combate com barbaridades.
Um Hanadi ficou sem os seus dois maridos e seus irmãos, assassinados pelo Daesh. Que também lhe mataram as ovelhas e os pássaros que ela tinha.
Um Hanadi tinha pássaros e cozinhava cabeças. Tinha ovelhas e queimava corpos. Tanta humanidade em tanta desumanidade.
Se não se acabar com as guerras elas irão levar-nos a comer uns aos outros. Não se esqueçam Um Hanadi tinha pássaros e ovelhas. Que por serem dela os terroristas jiadistas mataram.