O relatório Chilcot sobre o papel de Tony Blair na invasão do Iraque é elucidativo do desvario de dirigentes como George W. Bush, Tony Blair, Aznar e os sargentos-ajudantes Barroso e Portas.
Esta comandita logrou levar a cabo destruição do Iraque, semeando choque e pavor, arrastando para o caos o Médio-Oriente, o mundo árabe e o muçulmano.
Só mentes perversamente doentias e passíveis de responsabilidade criminal o fariam, tal o grau e a intensidade do dolo na preparação e na execução da guerra.
A guerra ceifou a vida a pelo menos cento e cinquenta mil iraquianos, segundo o relatório John Chilcot. Transformou o Iraque num inferno.
Criou condições para o aparecimento do jiadismo e a organização bárbara do Estado Islâmico.
Sem a guerra, o mundo árabe enfrentaria sérios problemas que se arrastam há décadas, mas não viveria esta desordem sem fim à vista que vai consumindo vidas por ações terroristas que continuam a ameaçar tudo e todos.
A vida no Iraque, no mundo árabe e muçulmano, é hoje bem pior de ser vivida que antes da invasão.
O mundo é muito mais inseguro.
Além de que a fundamentação para a guerra não passava de uma mentira repetida até á exaustão. Portas viu as armas de destruição massiva, regressado, então, dos EUA. Barroso, outro que tal, abriu os Açores à infâmia, hospedando os aventureiros do belicismo, envergonhando o país de Abril.
Espanta que Blair venha agora dizer que o mundo é mais seguro. O sentido de honra deste cavalheiro é próprio daqueles seres desprezíveis que abundam nas obras de Shakespear. Blair e Cª povoarão as páginas da História como seres desavergonhados ao serviço dos fabulosos lucros do mundo do petróleo.
Que ninguém se esqueça: A guerra violou a Carta das Nações Unidas, sendo ilegal. Barroso e Portas portaram-se como sargentos-ajudantes do trio dos fora da lei: Bush, Blair e Aznar. Envergonhando Portugal.