Não Dar Ponto Sem Nó, Durão

Há certos homens cuja vida se resume numa frase…”não dar ponto sem nó…” O último nó do Dr. José Manuel Durão Barroso é paradigmático em relação à sua vida política.

A política para ele foi uma espécie de tirocínio para outros voos bem mais altos e que enchem de alegria os seus bolsos sempre abertos à receção de generosos convites para o setor financeiro.

Os grandes bancos estão sempre de olho nos políticos capazes de não se deixarem prender por terem cães à sua guarda. Eles sabem quem os defendeu, quem mergulhou a Europa numa crise brutal paga pela austeridade imposta aos povos.

O Dr. Durão foi em socorro dos que, com o dinheiro dos depositantes, fizeram implodir o sistema financeiro, criando mais tarde as condições para de novo se recompusessem e prosseguissem as suas cruzadas em prol do lucro.

Durão ousou sempre mais que os outros, no maoismo, no PPD, em Bruxelas, wherever, e no nojo.

Durão é um homem capaz. Indubitavelmente. E querendo vai onde o seu desígnio o leva. Certamente. Só que vai sempre para o lado dos todo-poderosos senhores do mundo. E se for preciso larga o país par ir ao cume. Foge na hora de marcar o penalty; prefere ir mais além, olhar o horizonte e ver de onde vêm os ventos do sucesso.

A Goldman Sachs é um dos vértices. Ali se reúnem os grandes deste mundo para traçar o destino das multidões humanas. Ser Presidente não-executivo é para Durão irrecusável. Há muito que o deve saber. E a Goldman também.

Quando ofereceu os Açores aos aventureiros desavergonhados, ele sabia que abriria portas nunca dantes abertas; as portas dos homens que mais ganham no mundo. Era o que ele pretendia. Absolutamente legítimo; só que que não à luz de princípios de igualdade dos cidadãos e dos Estados de que tanto falou na sua vida. O que ele queria quando falava dessas virtudes era guindar-se a um cargo como o de Presidente não-executivo da Goldman.

Esse é o caminho dos homens ziguezagues, dos homens interesseiros, dos homens cujos princípios são o seu bem-estar, as entradas nos seus bolsos. Durão nunca foi um banqueiro. Pois vai passar a sê-lo para encher o cofre de dólares. É este o seu destino. O dinheiro. Há quem se regozije. Como Passos. Aguardemos. Há mais bancos.

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