No debate sobre o Estado da Nação na Assembleia da República, no preciso momento em que Coelho, Montenegro, Cristas e Telmo anunciavam o colapso da Estado, tudo em Portugal funcionava normalmente. Sem exagero, o debate enchia o país mediático e esvaziava-se nas ruas.
Nesse dia, ao contrário do que sucedia há três anos, os portugueses levantaram-se sem se interrogarem a si próprios e aos concidadãos acerca dos cortes nos rendimentos que o governo iria fazer para os empobrecer; qual seria o aumento das taxas moderadoras; quais seriam as escolas que fechariam assim como os centros de saúde; quanto aumentaria o IMI; quantos bens públicos passariam para os donos disto tudo; quanto aumentariam as portagens e os transportes públicos; quanto seria o corte nas pensões e no Serviço Nacional Saúde; quantos tribunais fechariam; e quanto aumentariam as custas judiciais; quanto tempo teriam de esperar os advogados do Apoio Judiciário pelos honorários; quantos enfermeiros emigrariam; quantos portugueses teriam de se alimentar na sopa dos pobres; quantas crianças iriam para a escola sem comer porque os pais estavam no desemprego.
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