A notícia divulgada, esta semana, num jornal marroquino deu conta que a tripulação de um avião do Sultanato do Brunei integralmente constituída por mulheres aterrou em Djedda na Arábia Saudita, no dia 23 de Fevereiro, pilotando um Boeing 787 Dreamliner.
Tratava-se de um voo para comemorar o aniversário da independência daquele país. No mundo muçulmano, ao qual o Sultanato pertence, colocar nas mãos de três mulheres um avião cheio de homens e mulheres é um facto relevante.
A comandante e as duas co-pilotos após a aterragem do avião deslocaram-se para o exterior do aeroporto e quando se preparavam para conduzir os veículos colocados à sua disposição foram proibidas de conduzirem porque na Arábia Saudita as mulheres não podem conduzir.
O cheique Saleh AL Luhaidan afirmou que as mulheres que violem estas regras correm o risco de ter filhos anormais devido à pressão sobre os ovários quando conduzem.
O grande mufti, Abdul Azis Abdillah Ali ash- Shaykh argumentou que a proibição se destinava a “proteger a sociedade do mal”.
Mil trezentos e oitenta e quatro anos depois da morte do profeta Maomé, o cheique Saleh devia considerar a hipótese de pelo facto do seu pai ter andado em cima do cavalo, ou do camelo ou sentado a conduzir, ter sofrido pressões sobre os testículos (bem mais no exterior do corpo que a dos ovários) e as mesmas terem tido alguma influência no cérebro do então feto, hoje chefe religioso.
O grande mufti, por outro lado, não esclarece se o mal reside no facto de se conduzir carros e não camelos por exemplo, ou no de as mulheres poderem conduzir.
Dizem os homens sauditas, agradecidos ao grande mufti, que se as mulheres conduzissem podiam provocar um grande mal aos homens –afastarem-se deles a uma grande velocidade, dependendo da cilindrada dos carros.
Sendo o Brunei muçulmano tal como o Irão ou o Paquistão ou a Indonésia ou Marrocos ou a Síria, estranha-se que adorando o mesmo deus, este, a uns autorize a condução e àquele que tem muito mais dinheiro e possibilidades que os outros deixe mais de metade da população à boleia.
É ponto assente que estes chefes religiosos sauditas, filhos de mulheres com os ovários bem protegidos, não cuidaram da parte do cérebro que não está sujeita a pressões, mas apenas a ideias e se lá se depositaram estas sobre os ovários o cérebro vai ficou inundado delas, impedindo a captação de outras.
Só uma sociedade de tipo tribal, retrógrada, a raiar o Califado, é capaz de semelhantes atoardas contra a cultura, a igualdade e a vida em comunidade.
Os dirigentes do Estado Islâmico para além das ajudas em espécie podem encontrar nestes paladinos da proteção inspiração para imporem o seu reino de terror.
São estes dirigentes que, no início do ano degolaram quarenta sete opositores, que fazem chorudos negócios com o Ocidente. E a quem os EUA, A França, a Alemanha, o Reino Unido, a Itália e outros juram fidelidade de parceiros.
A Arábia Saudita pode gastar dinheiro em armamento como quem colhe areia no deserto e pegar nessas armas e distribui-las aos seus agentes na Síria, no Iraque, e pode enviar os seus aviões a bombardear o Iemen ou socorrer os seus pares no Golfo quando as ondas da democracia chegam àquelas paragens.
Este país tem uma riqueza enorme debaixo das areias do Sahara e uma pobreza incalculável de espírito e de civilização dentro das cabeças dos seus dirigentes.
As mulheres muçulmanas do Brunei que levaram no avião homens sauditas e outros , conduzido-os com a mesma segurança dos homens sauditas pilotos de aviação.
É quase certo que muitos homens sauditas teriam adiado a partido se soubessem que seriam pilotados por mulheres. Não era por nada, era por não quererem mal aos ovários das mulheres do Brunei…a compressão dos ovários a dez mil metros de altitude é terrível, mas terrível, terrível é a cabeça destes cavalheiros.
conduzindo-os*
Gostei!
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Domingos Lopes,
Subscrevo integralmente as opiniões expendidas no seu texto, mas não compreendo a referência ao deserto do Sahara. Trata-se de um lapso, suponho.
Saudações.
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Fernando Martins
Zé Luís
Viva!
Aqui vai a mão para a reguada.Apesar de ter estado naquele deserto não sei como virei para Ocidente para o outro deserto. Vou editar novo texto sem aquela asneirada.
Obrigado pela correção
domingos lopes
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Teias de aranha, sim,para não lhe chamar um nome feio…… mas não se coibem de financiar o terrorismo inernacional….malandragem…….
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