Marcelo foi ao Brasil e deve ter reunido com os seus assessores para programar a viagem da mais alta figura do Estado português.
Seguramente analisaram os problemas e propuseram os encontros com as personalidades brasileiras, antes de tudo com o Presidente Bolsonaro.
Nesta base, MRS partiu anunciando encontros com Bolsonaro, Lula, Henrique Cardoso e Temer. Quando lá chegou, Bolsonaro desmarcou o encontro. Um Presidente vai a um país para falar com o Presidente e não para falar com os ex Presidentes, é o que se faz no mundo.
Marcelo resolveu a enorme gafe com um mergulho em Copacabana e anunciando que o amargo ficou doce por se ter falado muito do imbróglio e acrescentou que nunca tinha tirado tantas selfies no Brasil, nem tido tantos acenos naquelas terras, o que é uma coisa doce.
Se isto não é uma palhaçada, o que é uma palhaçada? E se os senhores jornalistas não sabem o que é uma palhaçada, o que é um jornalista?
Acho que muita coisa falhou na programação desta visita supostamente de Estado. O PR não esteve à altura das suas responsabilidades como principal representante de Portugal. Isso de selfies e outras práticas, beijos, abraços, etc., conversas com ex- isto e aquilo até pode também ocorrer, mas primeiro está o protocolo de Estado, a serenidade e a dignidade da mais alta magistratura do Estado. O doce e o amargo estão ali fora de questão. Nada de malabarismos de mau gosto e fraca capacidade retórica. O PR esteve muito mal. Ao dizer isto, não pretendo, contudo, dar qualquer crédito ao actual PR do Brasil.
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