Que tem Einstein a ver com a bomba atómica que destruiu Hiroshima?

O que é que Einstein tem a ver com a decisão de Harry Truman, Presidente dos EUA, de lançar duas bombas atómicas sobre o Japão em 1945? Ou Steinbeck? Ou Hemingway? Ou Whitman? Ou as sufragistas?

O que é que Leon Tolstoi, um dos maiores escritores de todos os tempos, tem a ver com a invasão da Ucrânia? Ou Tchaikovsky? Ou Pavlov? Ou Yashin?

O que é que Shakespeare tem a ver com o domínio britânico da India? Ou os Beatles? Ou Charles Dickens?

O que é que Madame Curie tem a ver com o domínio francês da Indochina?  

O que é que Luís de Camões tem a ver com a guerra colonial portuguesa? Ou Aquilino Ribeiro? Ou Agustina Bessa Luís? Ou Saramago?

Estas são mulheres e estes são homens que se levantaram do chão para se plantarem como estrelas no céu e nos elevarem na nossa humanidade.

Não são de parte nenhuma, nasceram num canto e pertencem pela sua obra a todos os cantos do mundo.

O génio do criador da Anna Karenina e Guerra e Paz é de todas as mulheres e de todos os homens do Planeta Terra, mesmo dos cegos ou dos analfabetos. Sem ele ainda veriam e saberiam menos.

Da Vinci é do mundo e da Humanidade e Mozart e Goethe. O que tem Schiller ou Marx a ver com a invasão hitleriana?

As autoridades ucranianas mostram bem ao rasurem das ruas da Ucrânia os nomes de Tchaikovsky, Pavlov e Tolstoi de ruas de Lviv o ódio que os move.

Sim, a Rússia invadiu a Ucrânia e está a destruir grande número de cidades, o que não tem perdão. Mas nem Tolstoi, nem Pavlov, nem Tchaikovsky têm a ver o que quer que seja com esta guerra; pela sua obra seguramente estariam do lado da paz. Então porquê este ódio a estes vultos gigantescos da cultura europeia para os apagar das ruas?

Retirem da literatura nomes como Gogol, Tolstoi, Gorki, Tchekov, Dostoeivsky, Puchkin; tirem da pintura Chagall, Kadinsky, Rubiev; da música Borodin, Tcaikovsky, Katchurian, Shostokovich, Rachmaninov, Prokofiev; das Ciências Pavlov, Lomontosov, Fedoseyev, Shomolish, que vazio ficaria na Europa?

Que a Sra. von Leyen não conheça a construção da Europa tal como ela foi e é não admira porque ela é uma burocrata antes de ser europeia. A Europa nasceu há séculos e está prenha de invasões.  

A alguma luminária passou pela cabeça retirar das ruas de Portugal o nome de Vitor Hugo apesar das invasões francesas? Ou o nome da Praça de Londres apesar do Mapa cor de Rosa?

Só o destemperado ódio justifica esta atitude apesar da ignóbil guerra da Rússia contra a Ucrânia.

A Europa sem a Rússia não seria a Europa que hoje conhecemos. Seguramente. A ignorância mora em Lviv e pelos vistos em Bruxelas.

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