Passos Poucochinho Poucochinho

Há assuntos na vida política portuguesa que fazem pensar acerca do que é a vida política na nossa comunidade.

Passos Coelho, como Primeiro-Ministro, tinha um programa cujo objetivo era empobrecer os portugueses. Disse-o várias vezes. Com força. Empobrecer para tornar o país competitivo. Chegou a afirmar que iria tornar Portugal num dos países mais competitivos do mundo.

Ele, Portas, Cristas, Maria Luís, Mota Soares, Vitor Gaspar mais o PSD e o CDS aumentaram de tal modo os impostos que o tartufo Portas até inventou uma linha vermelha, na esteira da irrevogável demissão, revogada.

Passos e Portas e todos os ministros fizeram do empobrecimento dos portugueses um ponto de honra, chegando nesta senda a defender que os que emigravam não faziam mais que deixar áreas de conforto.

Toda a gente ouviu. O fenómeno é que todos ouviram e uma grande percentagem faz de conta que não ouviu e fica à espera a ver os comboios passarem, a ver se o euromilhões lhe bate à porta.

Foi sobre os mais desfavorecidos, sobre os que vivem do seu trabalho que Passos, M. Luís, Cristas e Portas caíram sem piedade empobrecendo-os e fazendo desse empobrecimento a sua bandeira de luta contra essa gente que não queria trabalhar e vivia acima das suas possibilidades. Quem se esqueceu?

Vem agora Passos num comício no Pombal afirmar que o atual governo quer que os portugueses “tenham pouquinho” e que quem poupa e tem algum é atacado.

Vem Cristas falar de assalto aos contribuintes, ela que pertenceu ao mesmo governo cujo objetivo era empobrecer.

Numa sociedade que não fosse bombardeada cada segundo pelos media a vender as pressões de Bruxelas, as gafes alemãs, o produto que os mercados servem, e que os cidadãos não estivessem de braços cruzados à espera do maná, e que tivesse como ponto de honra a dignidade quando ouvisse os pantomineiros a dizerem despautérios deste teor corria-os e punha-lhes pimenta na língua para aprenderem a serem sérios e a falarem com critério.

Passos e Cristas queriam empobrecer os portugueses. É gente que deseja que os seus compatriotas tenham menos do que o que tinham. E se tinham pouco, como é incontestável, tirando-lhe o que lhe tiraram ficaram mais pobres. Quem se esquece do aumento significativo das taxas de suicídios?

Passos, Cristas, Relvas, Portas e tutti quanti organizaram um saque por via dos impostos e de cortes nos vencimentos que fizeram com que um terço dos portugueses vivessem na pobreza.

Este governo está a devolver rendimentos tirados por Passos e Cristas. Este governo está a tentar, e tendo  também em conta  exigências do PCP, BE e PEV, que não sejam os mais pobres a pagar a fatura do delírio e orgia despesista e desvario do sistema bancário.

Do governo de Passos saíram figuras de relevo para bancos e multinacionais para os quais passaram a trabalhar com vencimentos colossais.

Quem pode esquecer que Relvas virou banqueiro. Que Durão Barroso foi parar ao Goldman Sachs. Que Vitor Gaspar foi o FMI. Que Maria Luís foi para a Arrow Global. E Portas para a Mota Engil.

Por que foram para onde foram? Por que os quiseram? Que fizeram para serem os eleitos dos “mercados”? Tiraram aos de baixo para dar aos de cima.

Passos quer voltar para São Bento para continuar a empobrecer os portugueses que levou à pobreza. Timidamente Costa quer devolver rendimento tirado pela política de sanguessuga de Passos/ Cristas.

Como é possível um homem que empobreceu os portugueses vir dizer que este governo quer que os portugueses tenham pouquinho… Só próprio de alguém que perdeu a honradez e vive a espalhar mentiras para agradar a Bruxelas e à Dona Merkel, a Imperatriz da União Europeia, sempre pronta a trocar um português por uma búlgara, com toda a vulgaridade.

Que sociedade estamos a construir para que os cidadãos percam a memória e ajam como cataventos segundo os empurrões dos media, hoje, concentrados no poder único, o dos donos desses mesmos media.

O que faz perder a esperança de uma vida melhor e aceitar o fatalismo de que vai contra a realidade dos factos por cada um(a) vividos?

Que mundo se está a criar em que cada um(a) acredita mais no que lhe dizem nas emissões televisas do que naquilo que todos os dias enfrentam – os pobres a ficarem mais pobres e os ricos mais ricos?

Passos representa bem esta nova fase em que se apresenta, tal como o gestor das sociedades financeiras, com cara de pau a cortar nos de baixo para levar a riqueza para os de cima.

O que dá que pensar é a razão que leva tantos que vivem mal a votar em quem os quer fazer viver pior só porque alienaram a sua capacidade de serem atores da sua vida para passarem a serem basbaques e joguetes de um mundo em que lhes resta apenas consumirem o que vêm.

Apesar de tudo o homem continuará a ser o obreiro do seu destino. O problema é – que destino?

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