Passos habituou-se a falar sozinho. Olhava para as câmaras e debitava. À vontadinha do freguês. Com ares de duro atacando as zonas de conforto em que os portugueses se acomodavam para justificar empobrecimento.
Durante quatro anos. Assessorado por uma legião de ajudantes, o “regenerador” do poder dos poderosos, humilhava os humildes, os desgraçados que não sabiam fazer pela vida.
Para ele o mundo divide-se em duas partes: uma ínfima minoria de empreendedores e uma imensa maioria de acomodados.
Tudo isto se passou sem grande contraditório ao nível das televisões, o meio de comunicação social que atinge em profundidade a mente dos cidadãos.
Ontem a coisa diferente – teve de se confrontar com António Costa e a verdade é que mesmo passando o debate a trazer Sócrates, não se saiu bem. A coisa saiu mal para o chefe da coligação.
Passos não está habituado a confrontos; é mais de afronta aos portugueses. É mais para doses cavalares de propaganda com o Dr Maduro a anunciar o VEM que não vem. E a Dona Maria Luís com os cofres cheios…
Passos bem queria lá chegar e esfarrapava-se e via-se que escorregava; no olhar, na postura(ai que já me apanharam). Passos entrou como estava habituado a entrar- todo-cheio-de-razão e saiu muito queixoso de Sócrates que está preso em casa…
Costa a pedir não é peco: maioria absoluta…Ó Dr António Costa para quê? A história do PS é a que é…e sempre que teve maioria absoluta ou a do queijo limiano foi o que se viu.
Vire-se para a esquerda, seja capaz de sair da cepa torta e ir ao encontro de uma alternativa séria que respeite a Constituição. Tão só.