O íncola de Belém já sabia o que ninguém sabia, que à vigésima quinta hora o acordo ia chegar.E acrescentou esta pérola de elevação intelectual: a estratégia do governo grego foi errada, aquela coisa do referendo foi um erro, não se pode perguntar ao povo (em nome de quem se governa) o que fazer, perde-se a confiança.
Que podia a Sra Merkel fazer depois do povo grego dizer OXI à austeridade a não ser castigá-lo pelo desatino de não atinar que na Europa quem manda é a Alemanha como bem sabe o governo de Portugal.
E quando se perde a confiança blá-blá-blá; todos ouvimos aquele ser resplandecente de confiança que é a Madame Dra M. Luís em quem Portas confiava plenamente.
Voltando ao Sr Professor, modesto como sempre, teceu rasgados elogios a si próprio, tendo em conta o que já viu neste mundo, e deu exemplos esquecendo-se do seu alívio após a “venda” da TAP à Barraqueiro e ao Sr Nieman.
O esticadinho de Belém sabe muito, muito mais do que o que parece. Só que ele não se excita, alivia-se. É uma fantasia. Um presidente é assim. O respeito pelo governo grego não faz parte do seu manual de relações diplomáticas, se fosse o da Alemanha ou até da Finlândia…Não se aliviaria do mesmo modo à vigésima quinta…Estaria sempre sem pressões para se aliviar.
É capaz de ter razão. Ele lá sabe. Até sabe que se a dezanove se tirar um ficam dezoito; mas ele sabia que este difícil exercício era uma mangação porque havia de chegar o acordo.
Por favor, tenham piedade dos portugueses que tantas vezes colocaram este senhor à frente do governo e do Estado. É que ele foi por essas terras do literal falar do mar e deu cabos dos barcos. Haja decência, por favor.