A Sra Ministra, Maria Luís de Albuquerque, veio com a sua voz redondamente metalizada anunciar numa sessão com militantes do seu partido que era preciso cortar já seiscentos milhões de euros aos pensionistas.
Disse-o naquele registo metalizado; diferente da euforia de dona dos cofres cheios de dinheiro, a abarrotar.
A Sra em pouco mais de um mês deu conta ao país do seu estado bipolar, passando de uma euforia cheia de notas a uma depressão sem dinheiro…
Ela é a número três do governo, pois aquele que é o número dois não a aceitou como dois e revogou a irrevogabilidade de ser três.
Como número três só tem acima de si o dois e o um e não qualquer outro ministro mesmo que haja ministro que se esfarrape a andar de lambreta.
O certo é o Sr Ministro Mota, o da lambreta, veio desmentir a Ministra de Estado e número três.
E não só ele; também um Senhor que já foi Secretário de Estado do Dr Mota e que agora se dá ares de personagem de voz grave (que o diga a barba) veio, em nome do partido da Ministra de Estado e número três do governo o PSD, dizer que o problema é cortar quando o PS pegar na tesoura.
Portanto o problema não é cortar, nem o espalhanço da Dra M. Luís, nem o desmentido do subalterno, é o PS. Extraordinário. Rebenta uma guerra entre o PSD e o CDS para castigar os pensionistas em que ambos querem o corte, mas a tesoura deve ser do PS.
Há limites para muita coisa, mas para este descaramento é difícil encontrá-los. Que os pensionistas digam de sua justiça.