Podem obtê-la com alguma dose de stress na Avenida José Malhoa um pouco antes da mesquita ou na Avenida das Forças Armadas uns cem metros depois da embaixada dos Estados Unidos, no sentido de Entre Campos.
Aconselho uma dose de distanciamento para poderem ver os que conduzem na faixa da direita da José Malhoa, supostamente para virarem à direita em direção à Rua Dr Júlio Dantas, ligarem o pisca, em cima do semáforo, e guinarem à esquerda passando à frente de todos os parvos que respeitando as regras de trânsito e os concidadãos se mantêm na fila da esquerda para avançarem para a Av. António Augusto Aguiar, bem sabendo que vão ter de esperar pela sua vez.
Os empreendedores ganham aos fracos uns metros e irão provavelmente desesperar pois à frente o novo semáforo os fará perder os escassos metros que tinham ganho…
Na Avenida das Forças Armadas o caso fia mais fino. Não sei se é a inspiração da pátria do individualismo que os anima…O certo é assistirem ao seguinte: até ao viaduto tudo normal; a seguir é uma verdadeira chicana a ver quem guina à esquerda e depois à direita e depois à esquerda e num último lanço os que vão para a 5 de Outubro vêm de pisca a dar a dar para entrarem no lado direito trocando de posição com outro condutor que só se lembrou que ia para Entre Campos naquele preciso momento bem como o que ia para os lados de Santa Maria…
Que coragem Senhor@s! Que belos cidadãos a lutarem milímetro a milímetro para chegarem aos empregos mais cedo um ou dois minutos…sem se levantarem mais cedo e passando à frente de toda a gente. Extraordinário!
Porém quando se trata da luta pelos valores da comunidade não vale a pena. Já quase ninguém vai ao Estádio da CIDADANIA, onde se joga o futuro de tod@s. Isso é para os outros, o que interessa é a festa no Marquês ou na Avenida dos Aliados.
O resto, o resto, é para os outros. Ao volante, frente à televisão, na defesa da sua posição de passarem à frente na fila e do seu clube os portugueses vão em primeiro… No que ao país diz respeito não é para eles, mesmo que vivam pior que nunca desde o 25 de Abril. Cada um acredita em si, se é que acredita, pelo que se vê.