Os rasgados elogios de Passos Coelho a Dias Loureiro são o exemplo de coragem a que nos habituou. Só lhe faltou elogiar a coragem de quem patrióticamente mantem no gelo do Ártico o processo, digo eu.
O defeito, em termos de coragem, não está nele; está em quem não tem a coragem que ele tem e faz de conta que ele não fala claro.
Ele disse depois de se ter guindado ao poder que vinha para empobrecer os portugueses. Ele é um Primeiro-Ministro para tornar os portugueses mais pobres, disse-o e está a fazê-lo.
Em várias ocasiões tem dito e levado a cabo um programa de enriquecer os mais ricos e entregar as riquezas nacionais aos multibilionários chineses, sauditas, cataris, franceses e americanos…
Tem defendido às claras que os salários são para baixar e os impostos sabre o rendimento também…Quanto menos ganharem os portugueses mais estrangeiros virão investir; provavelmente se trabalhassem pela comidinha ainda viriam mais, penso eu que não sou ninguém a pensar.
Tem atacado como ninguém até hoje a Educação Pública, o Serviço Nacional de Saúde, a Justiça para todos, e afirma perentório com a sua Luís Maria que quer continuar este programa…
Desassombrado dá conta ao país que o chefe da coligação com quem anda de braço dado a empobrecer Portugal e os portugueses lhe enviou um sms a comunicar a sua irrevogável decisão.
Do alto da sua carreira profissional na Assembleia da República que não sabia que era preciso descontar para a Segurança Social.
Ainda de acordo com essa carreira criou uma empresa com fundos comunitários- a TECNOFORMA- que tratava de aeroportos onde nunca poisou qualquer aeronave.
Este Primeiro-Ministro é obra a empreender; ele só podia elogiar Dias Loureiro. Os empreendedores são para as ocasiões.
O que é mais difícil de entender é que ele leva a cabo um programa de empobrecer os portugueses e de enriquecer os bilionários e num país pobre e de pobres, os pobres votem nele; se calhar querem continuar a empobrecer…