O mundo espanta-se da crueldade dos dirigentes do Estado Islâmico e a sua condenação gera um enorme consenso.
Há, no entanto, um Estado no mundo árabe que o Ocidente muito preza, sobretudo em termos de vendas de material de guerra, cujas práticas são, em matéria de interpretação do Islão, muito similares.
Mantêm a decapitação como meio de execução da pena capital. Estão limitados, segundo relatórios do Reino, porque escasseiam os carrascos com know how para o aplicação do golpe que separa a cabeça do resto corpo.
Nesta época de globalização se não resolverem o assunto pela via da emigração de especialista jiadistas ou outros, poderão, como parecem estar a fazer, enveredar pelo fuzilamento e o enforcamento. Às sextas-feiras ao romper do dilúculo.
Continuam a aplicar castigos corporais : amputações de membros, chibatadas entre outros.
Para sossego dos homens, as mulheres não podem andar sozinhas na rua…na casa parece que podem. Não podem conduzir por causa de eventuais complicações nos orgãos reprodutores, sendo certo que as mulheres daquele país são como as dos outros, os órgãos reprodutores estão no interior do corpo, ao contrário dos do homem, que pode conduzir.
Quem nascer muçulmano tem de morrer muçulmano, caso contrário morre às mãos do Estado por crime de apostasia.
Quem criticar este estado de coisas arrisca largos anos de prisão e centenas de chicotadas aplicadas por quem sabe chicotear, pois as escolas do chicote ensinam como se deve castigar quem não obedece.
A sharia é a lei suprema do país e tudo tem que que estar conforme a interpretação dos altos dirigentes clericais sunitas.
Não há dúvidas para ninguém salvo para Obama, Cameron, Hollande, Merkel e até para o azedado Cavaco, em luta com pesadelos acerca do destino de Passos e Portas, que o Reino é um descanso em matéria de direitos humanos.
Há dias, na Cimeira da Liga Árabe, a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, foi impedida de discursar porque a Arábia Saudita não o permitiu. Uma mulher ocidental, proveniente de um país escandinavo, falar entre representantes de Reis, Emires, Xeiques, Sultões e Presidentes… Nem pensar… Como é que a Senhora chegou sozinha? E não falou.
O Reino obscurantista a abarrotar de petrodólares tem amigos em todo lado: Washington, Londres, Paris, Berlim e até na velha cidade de Lisboa…