Não tem emenda. Sofre de enfermidades apontadas pelo Papa Francisco, sobretudo duas delas: os que ocupando altos cargos se julgam únicos e os que protegem os interesses de um círculo fechado.
Do alto da sua magreza intelectual e do seu devoto apoio ao governo manifestou o seu apreço pelo quão difícil é governar, sem uma palavra para os governados.
Os votos do homem vão para os de cima; os de baixo que se amolem pois vão ter de aguentar mais uns anos de sacrifícios.
Os de cima deverão impor essa austeridade sem fim à vista e os de baixo agradecer-lhes essa responsabilidade.
É que o homem acha que a credibilidade de Portugal vem do que os mercados considerarem ser bom para eles.
E como não se pode adorar dois deuses, como diria Francisco, o Papa, ele escolheu o deus dos de cima, os do mercado.
Este homem para além de um conjunto notável de lugares comuns que rivalizam com o Tomás acha que as decisões devem ser tomadas com conhecimento de causa … brilhante!
Passos, Portas e M. Luís Albuquerque podem passar o Natal descansadinhos: em Belém no presépio não estará o menino Jesus. Em sua substituição estará para que ninguém se esqueça a dívida aos credores (aos mercadores que ele, o menino, expulsou do Templo). A ela se deverá adorar! Ah …e pagá-la.