Morreu a rainha do Reino Unido, vem aí um rei

Morreu a rainha do Reino Unido. Reinou quase setenta anos por ter nascida filho da família real e como tal, por inerência, ter em pleno milénio XXI um conjunto de privilégios que custam ao erário público milhões de libras.

Parece que os ingleses e outros povos do Reino Unido gostam da monarquia, ou seja, terem uma família real, mesmo que os escândalos avultem.

Numa sociedade em que cada dia que passa a realidade é cada vez mais dura e a roçar o individualismo selvagem, a existência de uma família real cheia de príncipes, princesas, duques, duquesas, castelos, mordomos e mordomias, os ingleses apreciam este faz de conta e acreditam que tendo estas reais criaturas são detentores de uma História que se prolonga nestes dias em que façam o que façam os governantes a rainha/rei nada tem a ver com isso. Existem apenas para uma espécie de decoração que sai cara ao erário público, mas o povo gosta e, portanto, the show must go on.

Parece que o Reino Unido vai ter um rei, o Carlos, aquele que tem um mordomo que o veste, e que leva a tampa da sanita para que o real cu não seja contaminado por qualquer bactéria de pendor republicano.

Se os ingleses gostam deste cerimonial, pois bem, que se aguentam com aquele olhar de Carlos, sempre à procura de quem lhe diga o caminho.

Morreu a Rainha, paz à sua alma, a Inglaterra vai ter um rei e uma rainha consorte, a famosa Camilla Parker Bowles.

3 pensamentos sobre “Morreu a rainha do Reino Unido, vem aí um rei

  1. Luciano Caetano da Rosa

    Artigo supérfluo. A antinomia Monarquia versus República vai durar ainda muito tempo. A Monarquia utiliza melhor que a República a axiologia simbólica em proveito próprio e conquista o apoio de milhões na área do sentimentalismo. O republicanismo chega a menos pessoas com a sua fria racionalidade.

    Gostar

  2. Obrigado pelo comentário. Profunda era a vida da rainha e da sua filharada. Olha-se para o rei e fica-se deslumbrado com a irradiação da carga axiológica e desde logo com a fria racionalidade da República. É, por isso, que nunca havemos de compreender o nosso pretendente ao trono que pleno de sentimentalismo considerou a morte da dita uma perca que não era do Nilo.

    Gostar

  3. António Melo

    Crónica ácida, mas bem humorada e que consola qualquer plebeu submergido pelo funeral britânico há mais de 24 horas e assim vai continuar por mais alguns dias.
    Sempre nos escapamos de Zelensky….
    Viva a República!

    Gostar

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s