Morreu a rainha do Reino Unido. Reinou quase setenta anos por ter nascida filho da família real e como tal, por inerência, ter em pleno milénio XXI um conjunto de privilégios que custam ao erário público milhões de libras.
Parece que os ingleses e outros povos do Reino Unido gostam da monarquia, ou seja, terem uma família real, mesmo que os escândalos avultem.
Numa sociedade em que cada dia que passa a realidade é cada vez mais dura e a roçar o individualismo selvagem, a existência de uma família real cheia de príncipes, princesas, duques, duquesas, castelos, mordomos e mordomias, os ingleses apreciam este faz de conta e acreditam que tendo estas reais criaturas são detentores de uma História que se prolonga nestes dias em que façam o que façam os governantes a rainha/rei nada tem a ver com isso. Existem apenas para uma espécie de decoração que sai cara ao erário público, mas o povo gosta e, portanto, the show must go on.
Parece que o Reino Unido vai ter um rei, o Carlos, aquele que tem um mordomo que o veste, e que leva a tampa da sanita para que o real cu não seja contaminado por qualquer bactéria de pendor republicano.
Se os ingleses gostam deste cerimonial, pois bem, que se aguentam com aquele olhar de Carlos, sempre à procura de quem lhe diga o caminho.
Morreu a Rainha, paz à sua alma, a Inglaterra vai ter um rei e uma rainha consorte, a famosa Camilla Parker Bowles.
Artigo supérfluo. A antinomia Monarquia versus República vai durar ainda muito tempo. A Monarquia utiliza melhor que a República a axiologia simbólica em proveito próprio e conquista o apoio de milhões na área do sentimentalismo. O republicanismo chega a menos pessoas com a sua fria racionalidade.
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Obrigado pelo comentário. Profunda era a vida da rainha e da sua filharada. Olha-se para o rei e fica-se deslumbrado com a irradiação da carga axiológica e desde logo com a fria racionalidade da República. É, por isso, que nunca havemos de compreender o nosso pretendente ao trono que pleno de sentimentalismo considerou a morte da dita uma perca que não era do Nilo.
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Crónica ácida, mas bem humorada e que consola qualquer plebeu submergido pelo funeral britânico há mais de 24 horas e assim vai continuar por mais alguns dias.
Sempre nos escapamos de Zelensky….
Viva a República!
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