O espanto é quiçá uma prova de vida. Mas afirmar que Marcelo fiscalizaria uma maioria absoluta do artista é obra, já vai para além de Marte.
É ao Parlamento que cabe esse papel, o que significa que não sendo Costa constitucionalista sabe bem que os poderes presidenciais são muito limitados quanto à ação governativa, assim e bem o decidiram os constituintes em 1975.
E sabe bem que a maioria constitui uma espécie de poder absoluto, conforme a experiência vivida, e ele próprio o afirmou várias vezes.
Hoje para sossegar a opinião pública lembrou-se da Autoeuropa e saiu a terreno assegurar o que só Marcelo, se pudesse, asseguraria. Ai São Marcelo da Autoeuropa.
O PS com maioria absoluta faria no parlamento o que bem entendesse, tal como fez Cavaco, malgré Soares.
Quis aligeirar a pressão, mas a jogada saiu sem nota artística, como diria o catedrático da táticas.
Provavelmente está cansado e sentiu-se encurralado por saber que os portugueses sabem bem o que é ter no parlamento um partido com tantos deputados que se está marimbando para os outros. E sabem o que passou com o PS e o PSD a fazer os portugueses andarem a toque de caixa.
Costa já não sabe o que há de dizer acerca da sua gula da maioria absoluta a não ser virar o disco e tocar o mesmo – o Dr. António Costa só conhece uma musica e quer que todos os portugueses dancem ao som da sua maioria absoluta. A menina dança? Quem quiser dance, mas depois não se queixe.
Brilhante.
GostarGostar