Segundo o ensinamento do II estratagema para derrotar um inimigo muito mais poderoso deve desagregar-se a sua força em pequenas unidades, desorientando-o com com a imprevisibilidade e ataques rápidos. Esses ataques obrigá-lo-ão a afastar-se do seu plano para ir em socorro da defesa em perigo. Mao Tsé-Tung, leitor atento dos 36 estratagemas, referia-se muitas vezes a um elemento – a água- flexível mas não passiva, adaptando-se aos terrenos.
O FC Porto atacou a Juventus nos lugares a descoberto, num certo vazio de posições, baralhando-o e obrigando-o a recuar ou a ficar desorientado.
A Juventus lançou Quadrado e Chiesa nas alas a todo o gás, mas quando dava conta tinha Zaidu a chegar à linha e a cruzar. Ou Tecatito a fazer o mesmo. E no centro os médios a impedir a Juventus de jogar pelo meio. A Juventus atacava, atacava e ou esbarrava na defesa comandada pelo general Pepe ou recuava porque tinha os guerrilheiros nas costas a tentar desferir os golpes mortais.
Assim chegou ao golo. E mantendo a procura dos vazios tal como a água do estratagema emperrou o exército de Turim. No 2º tempo a Juventus entrou a matar e marcou e deixou o Porto quase submetido. Mas o quase é quase tudo. E desse quase o Porto mudou peças e fez o tudo que era preciso fazer. Mesmo com dez. Foi ao elemento subjetivo e encarnação a determinação total. O plano era atacar quando a oportunidade surgisse e marcar aproveitando o tal vazio e os erros. E deu certo.
O marechal Sérgio Conceição venceu o candidato a general Pirlo.
Na Europa prossegue o Porto, o único de Portugal. Também na Europa lhe dão o devido valor.
Tatica da guerra de guerrilha
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