No debate de ontem na TVI24 uma vez mais o dirigente do Chega mostrou ao que ia. Atropelar. Impedir João Ferreira de debater. O seu propósito é conseguir que o adversário morda a isca e entre no “sistema”. O senhor André é o dono da palavra. É dele o palco. A este tipo de personagens só há uma resposta – o silêncio, até que se cale ou alguém no canal televisivo o ponha no seu lugar. Imaginem este homem a Presidente.
A História está prenha de dinastias. Milhares e milhares de dinastias governaram os países de todo o mundo. Nada de novo. As linhagens decidiam a ocupação do trono. Ainda hoje em vários países europeus num sistema de monarquia constitucional e no Próximo e Médio Oriente com sistema de absolutismo.
O novo na História das monarquias foi a transformação de uma República Popular na Coreia do Norte numa monarquia de carater absolutista.
Na verdade, o Presidente da República Popular e Democrática da Coreia, Kim Il Sung, o grande Líder, morreu e o seu lugar foi ocupado pelo seu filho, Kim Jong Il, o Querido Dirigente, que morreu e foi substituído pelo seu filho, Kim Jong Un, a aguardar cognome.
Relatam as crónicas oficiais que quando os grandes líderes deste morreram foram registados estranhos fenómenos atmosféricos, fazendo crer que a dor chegara ao Céu. De igual modo vários arco-íris saudaram o nascimento destas figuras únicas.
Na Coreia do Norte, o Comité Central do Partido do Trabalho da Coreia transformou-se nas Cortes que escolhem de entre os descendentes da dinastia dos Kim quem é o grande líder, eliminando da corrida algum descendente ilegítimo, mesmo fora de portas, como foi o caso de Kim Jong Nam.
Causa, pois, a maior perplexidade que João Ferreira dirigente de um partido enraizado na causa republicana revolucionária gagueje quando se trata de declarar que esta dinastia constitui uma afronta aos ideais do socialismo. O socialismo é a fachada com que pintam a tirania. Enxovalham o ideal socialista.