Luís Filipe Vieira, habituadíssimo a uma vida exemplar de austeridade sacou de um irrelevante montante de 100.000€ e enfiado num jato privado zarpou para terras de Santa Cruz buscar o catedrático das táticas, o que há quatro anos, segundo o mesmo Vieira roubou computadores e tudo o que pôde para ir saltar com Bruno de Carvalho pra o Estádio sportinguista.
Bruno e Jesus aos saltos foi uma performance que ainda hoje deve perdurar na memória dos clubes da 2ª circular. Houve quem dissesse – que bem que saltam. Na verdade, Bruno e os lagartos pensavam que aqueles saltos os levariam ao título, foi apenas título de crónicas. Jesus ganhou umas bofetadas e pouco mais. Andou por ali a ver outros ganharem, até o Aves lhe ganhou a Taça.
Tem de se sublinhar por amor ao razoável que Bruno não precisou de um avião, pois entre os dois estádios são algumas centenas de metros.
Vieira sabia que Jesus podia fugir pelo caminho de regresso, quiçá o Barcelona ou a Juventus o cercassem de caças e o levassem… Jesus já tinha dito que não havia mais que meia dúzia de clubes na Europa onde pudesse encaixar. E o ÉLEÉSSEBÊ era o mais amado de Jesus. Desde pequenino que é do Benfica e nunca trocaria o Liverpool ou o Bayern ou o Real Madrid pelo Benfica, tendo em conta a aposta de Vieira numa formação que conduzirá o Benfica à vitória na Champions, dado que Presidente Vieira é dado a ver coisas que ninguém vê, luzes, mesmo de dia, como foi o caso dos computadores online que o treinador amigo do peito levou para Alvalade.
Vieira há de regressar com Jesus debaixo do braço. Trará o salvador do mundo. O bigode do Presidente sorrirá. O Benfica vai pagar muitos milhões e não é certo que nas eleições as coisas corram de feição ao homem que em advogados deve estar a gastar alguns cêntimos.
Corria, noutro planeta, a vida enfadada, melancólica devido ao vírus e ao futuro. Corria e acelerou. O povo não queria crer que a senhora da Malveira sempre pronta a dar conta do que gasta em luxo fosse objeto de uma OPA da televisão de onde saiu com enorme estardalhaço para a SIC e voltasse perdoada para a TVI e cheia de cargos com direito a muito pastel.
Deve montar um novo estaminé e levar lá Jesus e Vieira e os líderes dos partidos a beijar a mão à madrinha. É bonito e acreditam que dá votos ir apresentar dotes vários, incluindo culinários. A política ao nível da senhora dona dos gritos mais estridentes de todas as televisões do mundo e arredores. Um enlevo neste reino sem Rei, mas com uma espécie de rainha de Inglaterra a dar beijos, abraços e palpites e mergulhos. Também lá foi ao beija-mão. Uma delícia neste nosso Portugal dos pequeninos.
No domingo no espaço do comentador Marque Mendes o nosso homem que louvara Ricardo Salgado e assegurara que o Novo Banco era mais seguro que o Titanic defendeu e elogiou o trabalho do MP. E num desvario de ato de contrição considerou que de acordo com o despacho de acusação o criminoso agiu à socapa, ele mais uns tantos, tudo escondidinho, sem ninguém dar por nada, mesmo sendo uma brutalidade de milhares de milhões, tudo no convés do iate onde todos e todas iam ao beija-mão.
Não é seguro que a CMTV não queira comprar o comentador e parece estar disposta a abrir os cordões à bolsa e ir de avião até à sociedade de advogados onde trabalha Marques Mendes e o traga para a sede da CMTV. A SIC está apreensiva.
Porém, o país está em alerta devido ao calor e a esta efervescência concorrencial que é prova que o mercado segue a todo o gás.
Vieira, Jesus, Cristina e Marque Mendes mostram que o país está no bom caminho. Os frugais já não podem pedir tantas reformas para Costa receber o vil metal. Basta deixá-los saltitar de um lado para o outro. Que lindo é Portugal.
Num país à beira-mar plantado e em que muito do seu povo, mesmo roubado, aplaude os ladrões. Talvez seja a melhor forma de alguém se sentir feliz.
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