As principais características de um árbitro ou juiz de campo devem ser – conhecer a lei, fazê-la cumprir e para tal usar a devida prudência.
Cumprir a lei é penalizar todos os comportamentos que violem as regras do futebol.
Sendo humanos os árbitros podem errar e segundo a sua convicção penalizar ou não comportamentos que não o deviam ser ou devê-lo-iam ser.
Enquanto houver humanos haverá julgamentos que se não adequam à verdade dos factos. Mas para esse lado todos podemos dormir descansados.
O mal maior não é na penúltima jornada do campeonato o árbitro que apitou o Rio Ave / SLBenfica ter errado clamorosamente. Apareça o primeiro a atirar pedras…
O problema é a tal prudência que o senhor substituiu pela arrogância ou fraqueza.
Vejamos: este era um jogo de uma importância estratégica. Não devia haver erros dos grandes.
Sempre que surgissem as mínimas dúvidas havia que ser prudente, ou seja, desde que há V.A.R., recorrer a esse meio auxiliar de decisão.
À entrada da grande área do Benfica Gabrielzinho é empurrado por um jogador do Benfica (questão unânime entre todos os comentadores e árbitros comentadores) e o árbitro nada marca e deixa seguir a jogada que dá o segundo golo do SLBenfica com João Félix em fora de jogo.
A revolta é enorme nos jogadores e público do Rio Ave. Que faz o árbitro – Perguntar ao que parece vídeo árbitro que manda seguir, recusando o supremo critério da prudência que seria visualizar e, neste caso, teria de mandar anular o golo e ordenar marcar livre ou penalti contra o Benfica.
Que fez o senhor juiz? Servir-se da desculpa do colega do vídeo e com toda a imprudência manchou a sua atuação e o próprio campeonato.
É verdade. Pilatos para não decidir (tendo já alguém decidido) mandou crucificar Cristo.
O inefável Hugo Miguel com toda a imprudência arranjou modo da sua decisão prevalecer e com ela dar o triunfo ao Benfica.
Não é estranho que ele não tenha visto o penalti. Normal. Humano. A desgraça é a sua imprudência, pois sabia que aquele lance ia ser escrutinado por todos. Apesar disso, no limiar da imprudência/irresponsabilidade, decidiu não visualizar o que se tivesse visualizado seria obrigado a decidir de outro modo.
Um árbitro que em campo se preocupa apenas em arranjar desculpas para a sua decisão, sacrificando a verdade material é um juiz imprudente e juízes imprudentes não devem fazer parte do rol de árbitros porque a prudência é um atributo sem o qual não se deve ser juiz. Hugo Miguel comportou-se como um fraco e manchou um jogo que não podia ter manchas.