Quem visitar o museu de Pergamon, em Berlim, na avenida Unter den Leden, verá alguns dos Deuses que eram venerados no reino da Babilónia. De todos, o mais poderoso era Marduk, logo seguido de Ishtra, que se vê na fotografia.
No Egito os Deuses eram muitos, salvo um curto período em que o faraó impôs um só Deus, o que durou pouco tempo.
Na Odisseia de Homero há Deuses e Deusas para todas as situações; há até Deuses que lançam homens contra Deuses para ver se enfraquecem os rivais divinos, demonstrando bem que os homens transportavam para os Deuses o seu próprio mundo, dando-lhes os mesmos desafios que enfrentavam.
Todos estes Deuses, como hoje é bem evidente (o que não era no tempo do grande Sócrates, acusado de alegar que os Deuses habitavam no sub solo), foram criados pelas humanas criaturas para tentar suplantarem a sua condição de mortais.
Não se conseguiam libertar dessa condição, mas conseguiam criar seres que não padeciam desse mal. Como se sabe o que não existe, não morre. O nada é nada.
Com a existência de tantos Deuses, as criaturas humanas no seu longo percurso terrestre, chegaram à sua redução até à existência de um só, não que, sem antes, para o imporem não tivessem guerreado a pontos de se poderem fazer montanhas de pilhas de cadáveres que o melhor Deus assistiu de braços cruzados.
Sempre os homens na busca incessante, fervorosa, desafiante, de ultrapassar a sua limitação. Em toda esta odisseia houve pelo menos um Deus que teve realmente pena dos humanos e lhes deu o fogo, o que o levou a uma punição severa dos outros Deuses, por séculos e séculos a perder de vista, agrilhoando-o para as águias comerem o seu fígado.
As humanas criaturas não se satisfizeram a inventar o fogo, a roda, o antibiótico, os satélites… Precisaram de algo que os suplantasse.