Se o mais fraco não pudesse vencer o mais forte, poder-se-ia afirmar que a História seria outra.
O mais fraco normalmente perde com o mais forte, mas porque dotado de inteligência e de ousadia pode, em certas circunstâncias, vencer o mais forte. Por isso, nada está predeterminado.
O que o mais fraco procurará no campo de batalha é criar as condições para atacar sem se expor.
Os momentos de libertação de todos os mais fracos tentaram com múltiplos golpes (toca e foge) enfraquecer o mais forte, tornar-lhe a vida extremamente difícil para levá-lo à derrota.
Num campo de futebol o mais fraco defronta o mais forte com as suas armas e, se as souber utilizar, pode vencer.
Se um jogador do F.C.Porto custa quase tanto como a equipa do Paços de Ferreira a luta entre ambos é bem desigual e daí o mais fraco buscar todos os estratagemas para que o mais forte não possa usar seus atributos.
O mais fraco não quer jogar, quer esconder a bola, apressar o relógio; o outro irritado, perderá o seu próprio autocontrolo.
Os jogadores do Paços deram aos do Porto uma boa lição tática ao serviço de uma estratégia de vitória ou de empate.
Os jogadores do Porto não perceberam que a lição do Paços estava estudada e a ser executada ao segundo.
Os jogadores do Paços parecendo recear os do Porto sabiam o que estavam a fazer e ninguém pode queixar-se de numa batalha cada equipa usar as armas de que dispõe.
Se frente ao guarda-redes Brahimi falha o penalti, que culpa têm os jogadores do Paços? Nenhuma. Quem remata daquele modo não marca, se não marca, não vence.
Bem pode Sérgio Conceição criticar o antijogo do Paços, pois se ele fosse o treinador (como já foi de equipas como o Olhanense ou a Académica) jogaria com as mesmas armas.
Haveria futebol se vencesse sempre o mais forte?