A estaleca de um grande líder é visível em saber vencer e em saber perder. É nos momentos mais amargos que uma liderança se põe à prova. Aquele ou aquela que mais vezes vence sabe que a derrota também acontece. E é na derrota que vai buscar lições para de novo voltar às vitórias.
O líder que perde uma batalha tem como missão procurar unir os comandados para com eles verificar os que esteve mal e o que é necessário retificar.
Numa liderança aceite e comprometida os que ganham são os mesmos que perdem.
Não foi Palhinha que escolheu Jorge Jesus para treinador do SCP, mas foi Jesus que escolheu Palhinha para substituir Wiliam Carvalho. Nuno assumiu Soares a substituir Diogo Jota.
Na hora da derrota, no final do jogo e na esteira de outras declarações similares, Jesus sacrificou o homem que escolheu, julgando que desse modo sacudia a responsabilidade de comandante do SCP, enquanto treinador.
Aliás não foi apenas Palhinha. Visou na entrevista rápida a escolha na formação revelando um carater dúplice de apoiar Bruno de Carvalho e ao mesmo tempo desvalorizar a presidência que aposta na formação.
Jesus que se considera catedrático na tática e que arrasta treinadores estrangeiros, segundo as suas próprias declarações, a espiolhar nos treinos as suas ideias, é um deslumbrado e um egocêntrico.
As derrotas ou empates resultam ou da ansiedade dos jogadores e até dos sportinguistas ou é da falta de ambição que encontrou no SCP…tudo serve para tentar sair por cima, estando em baixo.
Nunca lhe passou pela cabeça que o líder é aquele a quem compete serenar os jogadores e contribuir para que a ansiedade baixe e as coisas regressem ao patamar da serenidade. Esse é o líder certo.
Jesus acha que foi Casillas quem ganhou o clássico, como se tivesse sido o guarda-redes que marcou os dois golos do F.C.Porto. Casillas foi contratado para defender as redes do Porto e foi o que fez, pois esse era o seu dever enquanto profissional.
Jesus é um esquecido. Foi contratado pelo S.C.P. com um ordenado chorudo para vencer tudo. Era o que ele proclamava há dois meses. Tudo. Mas não vai ganhar nada, na sua infeliz expressão em relação a um colega de profissão – bola.
Quando na Luz ninguém o queria tinha no líder Filipe Vieira uma aposta que não cedia às circunstâncias negativas. São os homens de princípios.
Outros, oportunistas, estão sempre à procura de alijar as responsabilidades próprias para ficarem bem na foto e no final sair abraçado a quem defendeu o que tinha de defender.
Trata-se de uma defesa sem defesa. De uma conduta de um líder fraco que não assume que é ele quem tem de unir e não de sacrificar. É um homem ingrato. E mal-agradecido. Como Filipe Vieira do outro lado da segunda circular bem sabe. E começa a aprender o irrequieto Bruno de Carvalho.