O FCP falhou na luta pelo título. Nos momentos decisivos do campeonato não se impos aos adversários.
Faltou equipa, sobraram individualidades. Quando o Benfica perdeu em Paços de Ferreira, o FCP só podia ganhar no Nacional. Empatou.
Em Belém o empate mostra a falta de caráter da equipa. O FCP sabia que tinha de vencer até porque o Benfica estava empatado. Esteve em vantagem e deixou-se empatar a cinco minutos do fim, sendo certo que o Belenenses até parecia não fazer mal a uma mosca, na segunda parte. Foi o que se viu.
Sem vontade de ser campeão não se é campeão. O FCP não teve essa vontade.
O Benfica é o clube do poder, sempre foi e apesar disso o Porto impunha-se. Independentemente das arbitragens, o Benfica foi mais equipa, mais unido e solidário. Só assim se é campeão.
Não foi só Lopetegui que falhou. Falharam todos. É preciso refundar a mística do Porto. Comer a relva. Não deitar fora oportunidades de ser campeão.
Um campeão é-o porque quando pode passar para cima e ficar em primeiro contra adversários muito inferiores não desperdiça a ocasião.
Para se ser campeão é necessário ir à procura da vitória e encontrá-la. O que se desleixa não o pode ser.
O Benfica aproveitou as oportunidades, o FCP desbaratou-as. É o primeiro dos últimos.
A direção do FCP tem de estudar bem o que falhou e saber até onde foram os erros de Lopetegui.
É este o treinador capaz de transformar os jogadores de top do Porto numa equipa vencedora disciplinando-os e fazendo deles guerreiros irmanados em busca da vitória?
O Porto não pode vir a transformar-se numa espécie de Benfica que ao longo das últimas décadas inventou as arbitragens para justificar a sua incapacidade.
Pinto da Costa e os outros dirigentes têm a palavra. Parabéns ao Benfica.