UCRÂNIA
Na Ucrânia, ocidentalizada à força e apoiada com o fornecimento de armamento letal pelos EUA, OTAN e Cª, quando decorria um Conselho de Ministros foram algemados e vistos em direto pela televisão, que estava à espera na sala do Conselho, dois altos responsáveis dos serviços de segurança, por terem comprado equipamento à Rússia a preços mais elevados que os do mercado.
Como se sabe, embora tivesse um presidente eleito, tal como no Iemen, foi derrubado e há um novo governo.
É este novo governo que organiza uma cena, digna do Padrinho, como a que se passou na reunião do Conselho de Ministros.
Os polícias entram na sala do Conselho, dirigem-se aos fulanos que vão ser presos, puxam das algemas, colocam-nas e saem … sem palavras…faltaram as palmas.
Só se “sabe” pelas notícias que os alegados criminosos compraram ao inimigo equipamento, mas quando compraram? Antes ou depois do golpe? E os governantes souberam agora?
Do que não pode haver dúvidas é que os Conselhos de Ministros na Ucrânia também servem para algemar suspeitos da prática de compras produtos à Rússia mais caros que no mercado.
Imagine-se o que seria no Palácio de São Bento entrarem inspetores da PJ para prender ministros que permitem privatizações a preços muito mais baixos que os do mercado…
Ou ainda para constituir arguidos ministros que por serem imperfeitos apresentam no seu curriculum várias infrações, incluindo por esquecimento …
IEMEN
O Iemen teve o azar de ter sido plantado ao lado de um grande vizinho, onde reina um dos reinos mais obscurantistas do planeta. Vizinho de um conjunto de países onde Reis, Emires, Sultões e outros da mesma estirpe que, à custa do poder dos petrodólares, entendem que em todo o Golfo e na Península não deve mexer nada, nem um palha, tudo deve ser como era, e qualquer ideia ou ato que mexa no status quo deve ser abafado custe o que custar.
O Presidente Hadi, um sunita, chegou ao poder após uma rebelião contra o anterior.
Aliás no Iemen as rebeliões são quase permanentes, dada a base tribal em que assenta o país.
À grande Arábia Saudita só lhe interessa que o Iemen não saia da sua órbita; girar pode girar, mas qualquer giro, por exemplo, que dê aos chiitas algum poder não é tolerado pela monarquia da casa Saud, nem pelo seu aliado maior, os EUA.
E não foram precisas mais que vinte e quatro horas para que os aviões sauditas, cataris, omanitas e outros apoiados pelos EUA fossem bombardear Aden e outras cidades no sul do Iemen … É assim a lei dos sauditas e dos norte- americanos.
Quando os amigos estão em apuros podem organizar invasão de países estrangeiros à vontade, mesmo quando o problema é interno e deva ser resolvido pelo povo do país em causa.
Certamente que para a Arábia Saudita os chiitas são um perigo porque muito provavelmente a minoria chiita existente no reino, injustiçada pelo poder sunita, perseguida, não pode na região ter qualquer protagonismo que possa levar a mudanças no próprio reino e daí a invasão apoiada pelos dirigentes cristãos dos EUA.
Não há dúvidas que os namoros dos EUA com Israel (paixão) e a Arábia Saudita podem ter amuos, mas na hora da verdade, caem nos braços uns dos outros, apesar de Israel impedir a criação do Estado da Palestina e a Arábia Saudita se encontrar na baixa Idade Média no que toca a direitos humanos …
Saddam Hussein ou o coronel Cadafi eram perigosos reformadores se comparados com os dirigentes sauditas.
PORTUGAL
Afinal a lista existia. Era curtinha, mas existia… e quem lá estava: os três da vigairada, mais o Sr. Dr. Núncio.
Apesar disso o que Passos pretende fazer crer é algo de verdadeiramente notável: que ele, Primeiro-Ministro, não sabia que os responsáveis das Finanças, preocupados com o que se passava quanto à busca de dados da vida fiscal dele Primeiro-Ministro, decidissem para o proteger (sem o seu conhecimento) criar para ele, o seu vice e o representante do Governo em Belém, uma lista para dar sinal quando alguém quisesse aceder à vida fiscal deste triunvirato. Claro que para amenizar a “coisa” os funcionários meteram na lista o seu Secretário de Estado … E em vez do triunvirato temos uma lista como um retângulo, com quatro lados e quatro governantes.
E ninguém sabia de nada. Nem o Núncio, nem o Portas, nem o Coelho, nem o outro que devia estar onde sempre estava, a pensar em campanhas eleitorais.
Não havia lista, havia, mas não havia, havia mas ninguém sabia, havia mas os dirigentes da autoridade é que sabiam, mas finalmente havia e quem lá estava era o Primeiro, o vice, o de Belém e o Núncio … e nenhum destes sabia, graças ao zelo da Autoridade Tributária que escondeu este procedimento de toda a gente … francamente.
Com estes exemplos que país temos? De infâmia!