Diz, do alto da sua capacidade propagandística o Vice, que Portugal não é a Grécia. Pudera, claro que não é… Ninguém o tinha dito, mas ele quis sublinhar aquela ideia na véspera do Conselho Europeu para discutir a Grécia.
Quis que a Maria Luís chegasse a Bruxelas e ficasse nítido para algum distraído que Portugal não é a Grécia. Para que não restem dúvidas vai pagar uma parte substancial do empréstimo do FMI, tirando partido da taxa de juros de acesso ao Olimpo, perdão, aos mercados…
Mas estes patriotas não querem confusões, para eles pagar é um ponto de honra, custe o que custar, como diz o Primeiro.
Há, porém, um problema a ter em conta: não são eles que pagam, é o povo, e daí o à vontade em falar pela carteira dos outros.
Se a Grécia bate o pé aos credores cujo programa deixou o país na miséria, aí vão os meninos bem comportadinhos fazer queixa dos colegas e acusá-los aos credores…dando um passo à frente com o reembolso ao benemérito FMI que certamente não se esquecerá de ter em conta esta eficiência em servi-lo…
É esta espécie de governantes que nem sequer é capaz de ter um pingo de dignidade e tirar partido da luta da Grécia para levantar a coluna e mostrar que são portugueses. Não se trata como diz o fala- barata de alinhar ideologicamente com o Sirysa, mas sim de aceitar reunir com todos os países que têm o problema das dívidas soberanas a fim de tentar encontrar soluções favoráveis para todos. A subserviência não dá para tanto. O chanceler austríaco deve ser grego. E o francês pode andar lá por perto…e o italiano, apesar de tudo.
A Grécia já tem quem a defenda, finalmente.
Portugal ainda não.
Costa que se cuide e tenha sempre presente que Portugal não é a Grécia mas o PS pode vir ser como o PASOK, como tem sido…