ONDE JÁ CHEGOU ANTÓNIO COSTA

António Costa, enquanto Primeiro-Ministro de Portugal, declarou em 2023/12/11, que defende em relação ao conflito do Médio-Oriente a existência de dois Estados …com o Hamas devidamente exterminado…in “Observador”

Com o recente cessar-fogo e libertação de 3 reféns israelitas e 90 prisioneiros palestinianos, maioritariamente mulheres, crianças e idosos, agora na qualidade de Presidente do Conselho Europeu, António Costa saudou a libertação dos reféns e pediu pausas humanitárias a fim de fazer chegar ajuda humanitária porque a Alemanha se opõe ao termo cessar-fogo.

Voltou a frisar, na esteira da Sra. Úrsula que Israel tem direito a defender-se, o que já causou a morte a cerca de pelo menos 47 000 palestinianos e à imposição de um bloqueio total a Gaza.

António Costa não é um principiante, tem uma rodagem impressionante. Conhece o poder das palavras. Sabe que a palavra devidamente tem uma medida que não deixa margem para dúvida quanto ao extermínio. Os nazis queriam exterminar os judeus. Pelos vistos, Costa acha normal exterminar o Hamas para se encontrar a tal solução.

Só que o Hamas não foi exterminado apesar de todo o horror e dos brutais bombardeamentos a que os palestinianos foram sujeitos. O Hamas, goste-se ou não, representa em Gaza a resistência do povo palestiniano.

Não são os EUA e a UE quem escolhe os representantes palestinianos, nem estes os representantes israelitas.

Costa tem um grande cargo, mas atenção quem vestir um fato que se ajeita ao corpo e se sente bem significa que aquilo que diz e aquilo que faz é o que fica para a História.

E ficará para a História por ter optado pelo lado errado. No Médio-Oriente quem viola a cada segundo o direito internacional é Israel. O ocupante é Israel. As Resoluções da ONU são claras.

Costa saudou e bem a libertação dos reféns, mas não teve uma palavra de saudação para as dezenas de milhar de palestinianos presos por lutarem pela sua pátria livre da ocupação.  Não são os ocupantes que escolhem os “libertadores”. São obra de cada povo.

Dá pena ver A. Costa cumprir este papel. Se calhar ainda não reparou que o cessar-fogo nada tem a ver com a UE, sendo o conflito nas costas da Europa. A UE afunda-se na sua irrelevância. Que tristeza.

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