O primeiro-ministro deu ordens aos seus subordinados para assassinar Ismail Haniyeh, líder do Hamas, assumindo-se como um político capaz de tudo para de manter no poder. Há meses tinha mandado assassinar a sangue frio três filhos e quatros netos do líder palestiniano.
Como Macbeth, nada o faz deter o seu aparelho de terror e de opressão.
Às suas ordens já foram assassinados cerca de 40.000 palestinianos, dois terços crianças, mulheres e velhos.
Um homem que está a negociar com o seu interlocutor e organiza o seu assassinato é um monstro. É um sujeito que vive noutro tempo, ou dito de outro modo, o tempo de Netanyahu não é deste tempo. Mata para fugir à justiça. Mata para poder escolher os juízes que o hão julgar pelos crimes de corrupção de que é acusado.
É a este homem, a quem o Tribunal Penal Internacional emitiu mandado de captura para levar a julgamento, que Kamala Harris e Trump se vergam.
A ordem liberal internacional com regras dos EUA serve para apoiar a política de sangue inocente levada a cabo por Netanyahu. Tanto por parte do Partido Democrático como do Partido Republicano.
No congresso foi aplaudido de pé. Agora depois de meses de massacres, Kamala alega o direito de Israel de se defender porque tem medo das palavras, caso contrário substituiria o verbo defender por assassinar, mas isso ela sabe que não pode dizer. Faz parte do sistema e é dele dirigente.
É esta ordem internacional que vai sucumbir. O medo da decadência é tal que perderam a cabeça. O mundo não vai aceitar o regresso ao velho direito tribal. Os dirigente israelitas têm as mãos tingidas de sangue e tal como em Macbeth nenhum detergente lhe lava o sangue das mãos.
Mesmo que, para além dos EUA, a maioria dos líderes da U.E. se curve e se afirme como servil, o povo palestiniano vai resistir e ter o apoio do Sul Global e dos povos do mundo. Netanyahu terá o destino que escolheu.
Os crimes em Timor-Leste não impediram que a liberdade vencesse a opressão. Na Palestina não haverá exceção.
Subscrevo e divulgo, só com uma ressalva – não tenho o otimismo do Domingos Lopes quanto ao desenrolar do conflito em Gaza nem tão pouco do russo-ucraniano e temo que uma guerra civil se instale na Venezuela, terra de ambições petrolíferas.
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