O cavalheiro já foi primeiro-ministro durante uns anitos. Ficou famoso por não ter consciência que em plena pandemia, apesar de ter imposto o confinamento aos cidadãos do Reino Unidos, e ter participado com o seu gabinete e afins em diversas festas nos jardins da Downing Street. Era tempo de festejos para o senhor Boris e de inconsciência, segundo as suas próprias palavras, pois pensava que podia festejar com dezenas de participantes enquanto por sua ordem ninguém podia sair de casa.
O senhor foi-se. Já não servia. Porém, admitimos sem grande problema, que de acordo com a sua natureza ele tem de dar nas vistas, nem que tenha de puxar pela memória e descobrir um míssil, ou “algo do género”, para o aniquilar, esquecendo que o senhor é ele próprio um especialista em hara-kiri, tão espampanante é o seu desassombro e a sua inconstância.
Convenhamos que esta coisa de Vladimir Putin, czar de todas as Rússias, durante uma longa conversação telefónica ter ameaçado o senhor Boris com um míssil ou” coisa do género”, é em termos de criatividade o superlativo absoluto; só ele, o senhor Boris.
O problema desta revelação extraordinária vem na senda dos serviços secretos ingleses terem descoberto que em março/abril de 2022 os russos não tinham combustível para os tanques e padeciam de falta de espingardas ou eram do tempo dos Romanov.
Uma alma normal, não daquelas almas mortas do russo imortal- Gogol- não tem este dom; só uma alminha faminta de aparecer depois da morte política se lembraria que o tal czar o mataria enviando um míssil…
Mas ele disse aquilo ou “coisa do género” a sério e os media papaguearam esta insanidade como se fora uma realidade, sem sequer pensar na execução do plano de com o tal míssil ou com a tal “coisa do género”.
Vivemos um tempo de menoridade mental. Pensam os de cima e os seus sacerdotes que lhes basta ter a possibilidade de dar curso a estes delírios para que esta ordem tresloucada siga a marcha.
O senhor Boris é um magnífico exemplar deste mundo. Quando o descobrirem daqui a uns milhares de anos vão guardá-lo ou “coisa do género” – Homo raris mentirosus, escreverão na placa.
Bom artigo. Tanto B. JOHNSON como SUNAK não perfilham medidas que favoreçam e privilegiem a paz na Europa e no mundo.
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