O sufista e beato Marcelo

A República portuguesa é laica. A opção religiosa diz respeito a cada cidadão, incluindo a do mais alto magistrado da nação.

A Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República portuguesa, já não lhe bastava andar por aí a beijar as mãos dos cardeais e outros que tais.

Os seus alicerces político/ideológicos não se afundaram nas brumas da memória. Estavam sossegadas em profundas placas da mente de Sua Excelência.

A agitação criada com os crimes de violência sexual praticados por responsáveis religiosos em todo o mundo tem abalado a Igreja Católica e pelos vistos repercutiu-se no subconsciente do Presidente do modo mais primário, incompatível com a sua inteligência e compatível com o arreigado pendão ideológico de defesa das suas fidelidades. Tenha-se presente o sonho de ver Montenegro a Primeiro-Ministro.

Marcelo tem o destempero de considerar quatrocentos casos de pedofilia como insignificantes e horas depois eram insignificantes porque achava que seriam muitos mais, tal a confiança na Igreja.

O velho filósofo Sócrates, a quem muito devemos, fustigava os sufistas que eram capazes de inventar tudo para fazer valer a injustiça sobre a justiça. Marcelo que nunca se cala claramente está a padecer de prodigalidade em matéria ideológica; já perdeu o sentido da missão conferida pelo povo português para cumprir e fazer cumprir a Constituição.

A sua fé católica não o deve fazer cegar, ele é o Presidente da República portuguesa, não é advogado da Igreja Católica, nem o sufista encarregado de branquear e ao mesmo tempo enegrecer a sua fé nos padres e bispos portugueses considerando que os vindos a público eram insignificantes face a milhares que Sua Excelência achava terem acontecido. A prodigalidade palavrosa é uma marca indelével de MRS.

3 pensamentos sobre “O sufista e beato Marcelo

  1. Luciano Caetano da Rosa

    De acordo com o conteúdo do artigo. Mas camarada dr., o sofismo, os sofistas da Grécia clássica é uma coisa, a corrente sufista, o sufismo islâmico, corrente religiosa mística, é outra, algo muito diverso. Nem sempre a ortografia é grave nos erros cometidos. Mas aqui é muito grave. Já em artigo anterior havia uma palavra que infelizmente não recordo neste momento, mas onde um “u” usurpava o lugar de um “o”. Mais cuidado com a ortografia, pois, pode levar a descaminhos de vária ordem. Conselho de amigo, sem qualquer animosidade. Quanto ao resto, bom artigo!

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    1. Muito obrigado pelo comentário/reparo. Tem toda a razão. Bem sei a diferença entre os sofistas da Grécia e a corrente islâmica dos sufistas. Surgiu o sufista na escrita e nem vi que devia ser o sofista. Faltou o rigor. Erro meu. Agradeço que continue a ler e me corrija. Obrigado. Saúde.

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      1. Luciano Caetano da Rosa

        Tudo bem. Mas olhe que não é só o título, aliás já corrigido. Ainda há “sufistas” no corpus do artigo a corrigir. Bom trabalho e muita saúde.

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