Sem cremalheira no Dragão e em Famalicão

 

 

O Ésseélebê graças ao seu treinador habituou-se a ganhar, o que só tem mérito. Quem se habitua a ganhar tem mais probabilidade de ganhar do que os que se habituam a perder.

Esta época o Benfica, apesar de só ter perdido na 3ª jornada em casa com o Porto, voltou a perder no Dragão. E em vez de encaixar a derrota que mereceu, atirou-se ao árbitro.

O Ésseélebê é tão grande, tão grande, tão grande que pode ter um altíssimo funcionário a espiar magistrados,  e do alto desse seu poder de infiltração já sabia que se o Soares Dias não desse a vitória ao Porto a sua pastelaria seria toda partida, como afirmou o mais sério, honrado, impoluto, visionário, solerte, ínclito, pacifista, magnânimo cidadão Luís Filipe Vieira.

Ao que consta o honrado, sério, visionário Luís Filipe Vieira, quando for presente a julgamento nos vários processos que malevolamente contra si urdiram, por temer que os juízes e as juízas portuguesas temam a violência do corpulento Jorge Nuno Pinto da Costa irá reclamar junto da Assembleia da República, do Tribunal Constitucional, apoiado pelo gabinete de crise do Ésseélebê juízes estrangeiros, o que a não ser atendido só confirmará a capacidade de coação do emblema do Norte.

O dragão, em vez de aceitar que, na segunda circular, o Ésseélebê recebeu por concessão divina o direito a ser campeão, impôs-lhe este campeonato duas derrotas, o que demonstra a importância de árbitros estrangeiros nestes confrontos, como realçou o mais impoluto Presidente.

Na verdade, o senhor Artur Soares Dias vestia de negro porque é cor dos gajos que têm miúfa e querem esconder o que fazem por eles abaixo no escuro da fardamenta.

O Benfica só está habituado a perder com quase todos os clubes estrangeiros onde os árbitros, como é sabido, são todos estrangeiros porque se fossem portugueses provavelmente ganhavam tantos jogos como os que ganha em Portugal.

Por isso, só se pode louvar a extraordinária ideia do mais preclaro Presidente existente no nosso mundo de colocar os árbitros gregos, alemães, espanhóis, franceses e até italianos a arbitrar em Portugal, dado que é previsível que não tenham pastelarias a quem os do Porto possam mandar escaqueirar. A ideia é ótima e quem de direito não descurará de deixar de a ter em conta.

Quanto aos dentes que o jogador do Benfica diz ter perdido tem tudo a ver com o número de pontos que o Benfica perdeu no Dragão; é que os pontos seguram os dentes com que se mastigam os campeonatos.

O que se não entende é que apesar dos quatro pontos de vantagem tremem que nem varas verdes, com medo dos que podem vir a perder e ficarem sem dentes para trincarem.

Aliás viu-se, não só no Dragão, mas também, em Famalicão, que o Benfica está com a cremalheira mui mal tratada.

6 pensamentos sobre “Sem cremalheira no Dragão e em Famalicão

  1. José Tavares

    Um escrito típico de um fecepista tão primário como o LFVieira.
    É a discussão do futebol ao nível da taberna em hora adiantada. Por mais respeito que me mereçam tais espaços e a função social que desenvolvem e as pessoas que os frequentam, não acompanho nem filio nessa forma recuada de olhar para a “coisa”. O decepe só não reclama quando ganha. Quando perde… lá vêem os gajos do apito e malvada influência dos mouros.
    Um novo pensamento sobre o assunto, exige-se!
    De facto o Benfica perdeu por uma primeira parte desastrosa, começando na equipa escolhida e acabando no plano de jogo definido.
    Não é matéria que seja especialista. Mas joguei nos federados até aos 21 anos e até aos 27 no Inatel. É claro que fica alguma coisa que permite perceber quem fala do que sabe ou apenas por obsessão clubistica, no coro e alinhamento respectivo. Enfim , é como falar de corrupção dos encarnados e omitir ou esquecer que vem de antanho e continua, como se vai sabendo…
    A questão de fundo é se “vale tudo “ para defender as nossas cores.
    Não vale!
    O que é preciso é defender uma nova ordem e uma nova atitude, também, no futebol.
    José A Tavares

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    1. Viva caro amigo. É verdade. Não há pântanos bons. Até porque sendo tu um homem bem esclarecido bem sabes que por terras europeias a corrupção também existe a rodos. Um abraço de um adepto azul que viu no vermelho a coragem de mudarmos de vida.

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  2. Luís Miranda

    “Os amigos são para as ocasiões. Mais um jogo do portoaocolo, mais um árbitro da AF Porto. Desta vez, o ilustre que recebe visita de influentes adeptos do FC Porto na inauguração da sua Pastelaria que é gerida pela Filha do Reinaldo Teles (Dirigente do FC Porto). Dá para tudo!”

    Talvez não fechasse senão a rapariga ficava sem emprego…
    Coincidências…
    Luís Miranda

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  3. agomesmarques

    No passado dia 12 fiz um comentário ao texto «Sem cremalheira no Dragão e em Famalicão», o qual não aparece publicado. Vou repetir:

    Em 12 de Fevereiro de 2020
    Caro Domingos Lopes
    Fátima, Futebol e Fado eram uma parte importante do sustentáculo do regime fascista na versão de Salazar e, ao ver o título da tua crónica, pensei que irias chamar a atenção para o sustentáculo que o futebol é hoje para os medíocres políticos da nossa praça, na Ocidental Praia Lusitana colocada. Fátima está a crescer a grande velocidade, não tardando a ocupar o lugar que quase perdeu com o 25 de Abril; o Fado parece querer emancipar-se, com os excelentes intérpretes e poetas que o têm trazido para as boas causas. Afinal, a tua crónica é mais um contributo para a afirmação do futebol na sua vertente mais pantanosa, parecendo mesmo que estás a candidatar-te a substituir o pobre do Paulo Baldaia, que deve ter-se fartado de ser um bom jornalista.
    Não pude estar no lançamento do teu livro por razões familiares, mas já o encomendei à editora. Vou lê-lo, claro, mas agora esta tua crónica vai pesar muito na minha apreciação. O Álvaro Cunhal, que sempre admirei -e que tive oportunidade de conhecer pela mão de um grande Senhor chamado Vasco de Magalhães-Vilhena- e de quem profundamente discordei, deve estar a rir-se no túmulo a propósito desta tua crónica.
    Quando fores chamado a um dos canais televisivos para um dos muitos espaços ao futebol dedicados, prometo assistir, pelo menos, aos dois primeiros programas, quanto mais não seja para verificar se também tu te dispuseste a encontrar uma forma fácil de ganhar a vida.
    Recebe o abraço do
    António Gomes Marques

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    1. Bom dia. Só esta manhã vi o comentário. É uma honra ver te descer do céu ao lugar dos comuns mortais e agradecer-te o teu vaticínio acerca do meu futuro. Haja Deus; não é só o outro Marques que vai à SIC adivinhar, aqui neste blog também já tal acontece. Que maravilha. É verdade que o Álvaro tinha sentido de humor, mas sobre futebol não se ria por causa das opções diferentes dos camaradas, noblesse oblige…Quando souberes qual é o canal que me vai chamar avisa me, faz lá esse favorzinho …quanto ao resto não te preocupes – Fátima continua cheia, mas em 1974 também estava e em abril foi o que se viu; Fado está cada vez melhor embora o destino esteja um pouco negro; Futebol é um enlevo com a chegada dos juízes de FORA. Podes ficar à espera dos dois programas, mas podes mesmo…tinha um convite de um canal que irá nascer, mas quando leram este teu comentário cortaram a hipótese. Fiquei danado por teres de ficar à espera.

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