Um Benfica Destrambelhado a Incutir o Benfiquismo na Arbitragem

Há, por cá, entranhada, a ideia que o Benfica é uma instituição mais séria que uma virgem púdica, obviamente não se lhe podendo tocar.

É uma ideia dominante na sociedade. Criada com zelo e espalhada nos sítios certos alastrou-se e os media reproduzem-na porque vende e é social e desportivamente correta.

A ideia é tão forte que o SLB de Filipe Vieira passa incólume com a mais vergonhosa participação de sempre na Champions. Cinco derrotas. Doze golos sofridos. Um marcado. Só um conjunto de exibições destrambelhadas iluminam semelhante bravata. Mais: foi na Europa, porque se fosse cá a explicação seria a arbitragem.

O Benfica  não joga, arrasta-se e com sorte lá vai ganhando uns jogos e vendo situações gravosas no plano disciplinar passarem em claro.

O Benfica tem um pugilista no meio campo. Foi treinado nos combates da Grécia antiga. E cumpre penas de uns anos para os outros.

E tem o poder de cegar os árbitros. Leu bem o Ensaio sobre a cegueira. O que aconteceu na sexta passada por volta das vinte e uma horas ao Jorge Sousa e ao bandeirinha que não viram um jogador do Benfica a pensar no baile que estava a levar a vários metros de Aboubakar? Que aconteceu? Estaria a pensar na cegueira leitosa que fala o génio Saramago?

Que se passou na cuca do Jorge Sousa que não ligou o cérebro e fez pausa na capacidade de os neurónios lhe fornecerem imagens e não viu o grandalhão do Luisão estatelar-se com toda aquela presença física e sorreitaramente com a mão ( como se fosse roubar a goiabada à mãe) desviar a bola do caminho?

Pois. Não viram eles. Nem os grandes benfiquistas. Viram o quê? Três grandes equipas no relvado. Um enlevo.

O Benfica desistiu de jogar contra o Porto a partir dos trinta minutos. Desistiu. Interiorizou que mais valia andarem atarantados atrás da bola do que levar uma cabazada.

O Porto fez tudo para ganhar o jogo e só não ganhou porque houve golos falhados para todos os gostos e Varela que mostrou ao menino belga que é uma realidade.

A outra grande exibição foi a da equipa de arbitragem. Onde chegou a desfaçatez…Não há pudor para os lados da Luz. O elogio descarado à equipa de arbitragem é indiscutivelmente um incentivo ao benefício do Benfica de Vieira. Sem os poderes do bruxo, teve a sorte do Sousa. Uma vergonha. Errar qualquer um erra, que o diga o Marega que na hora de chutar, trocou as pernas, apesar de parecer uma lebre a correr com a tartaruga Grimaldo. O problema é incentivar o erro desde que seja a favor do” guelorioso”.

Mas os que viram estas três grandes exibições não viram um dirigente do SLB dar um pontapé na bola para retardar o reinício do jogo. Uma vergonha. Não foi um adepto. Foi um dirigente. Que mais é preciso fazer para se aquilatar da moral desta equipa dirigente…

O que os media anunciaram estes dias todos foi a invasão do campo de um adepto de que a direção do FCP se demarcou. E que diziam as notícias? Que o dragão ia ser interditado ao Porto. Senhores: o pavor pelo relvado onde com esplendor o Porto esmagou o Benfica. Até o Pizi ia mal disposto, não tocou na redondinha.

O SLB criou uma nova mentalidade do género coreano: o Benfica está sempre certo e quem não o aceitar é inimigo do Benfica. Quem escrever que Luizão cometeu penalti é do Porto. Quem disser que Aboubakar não estava fora de jogo é do Porto.

Só um FCP fortíssimo e determinado como até hoje poderá fazer frente na relva a uma mentalidade tão sectária, interesseira e totalitária.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s