Depois do colapso da URSS tornou-se dominante um pensamento único que se alicerça no que se chamou de fim da História e do triunfo do liberalismo na sua nova versão adaptada à globalização. A própria União Europeia deixou cair a coesão social e abraçou a austeridade como programa político.
Em Portugal, Cavaco foi um arauto na defesa da troika e da política de austeridade. Deu todo o seu apoio ao governo de Passos que envenenou o país com o empobrecimento. Nessa altura defendiam que aquela política não tinha alternativa, era a única que Portugal podia seguir.
O senhor Schäuble também os abençoou na sua missão magnânima de impor aos portugueses o que ele não queria para os alemães. Todos se lembrarão dos ataques de Cavaco, Passos, Portas, Maria Luís e tutti quanti a Tsipras por querer respeitar a opinião do povo grego manifestada em eleições e que passava por rejeitar as imposições da troika.