Como se fosse explodir de esforço correu. Entregou a bola e virou ao centro. Os que o deviam acompanhar não tiveram tempo de pensar. Ele adivinhou o que iria suceder e ficou no ponto imaginado no pensamento. E ela veio para o exato ponto do instinto. Saltou na bota do defesa. Subiu à altura do peito. Quando perdeu a força e descia ele alisou-a com o olhar e viu o que mais ninguém viu. No instante que há dentro dos instantes os músculos se entesaram; o peito se contraiu numa leve curvatura. A perna foi atrás e encaixou toda a fúria no peito do pé que ganhou a forma de um arco abatido e louca a bola de contentamento partiu e ninguém mais a viu. Nem o guarda redes. Só a rede.