E SE UM RATO ROER UMA HÓSTIA, COMUNGOU?

André Ventura é um caso típico de um político de extrema-direita cujo programa é afrontar as instituições democráticas, tal como elas existem.

Para tanto, faz confundir as dificuldades da vida dos portugueses como sendo resultado das instituições de forma a miná-las, desprestigiá-las e, mais tarde, se conseguisse, abatê-las.

É um verbalista totalmente destemperado que vive mirando-se ao espelho para descobrir cada dia que passa o que há de dizer do modo mais chocante o que lhe vai na alma. Habituado ao lado mais primário do futebol chuta para o lado que estiver virado, que é sempre o mesmo.

O seu programa é primordialmente o insulto contra os mais desfavorecidos para abrir ainda mais o Reino das benesses aos todo poderosos. É um ilusionista. Tenta fazer crer que o mal de Portugal reside nas minorias desfavorecidas. Presta um grande serviço aos poderosos do dinheiro.

Graças a esta técnica enche a peitaça e desta vez atirou-se, imagine-se, aos turcos preguiçosos.

Acontece que a A.R. faz recordar a tomada de Constantinopla pelos turcos Seljúcidas em 29 de maio de 1453 pelo sultão otomano Maomé II. Discutiam, então, os bispos católicos, se um rato que tinha roído uma hóstia comungara. Assim continuaram até serem esmagados.

Por acaso, foi no mês de maio. Por acaso, como é bem sabido, os grandes problemas do país giram seguramente acerca da natureza empreendedora ou não dos turcos.  

Por acaso, o André é um grande rato. Distraiam-se e vão ver. Se por acaso.

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