À ESPERA DE QUEM E DE QUÊ?

O MNE português e o Presidente da República esclareceram que Portugal iria esperar para decidir quando reconheceria o Estado da Palestina. Segundo MRS iria ter em atenção outras tomadas de posição.

O artigo 7 nº1 da CRP estabelece os princípios que devem nortear as relações internacionais…Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade…

Ademais, a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU considera ilegal a ocupação da Faixa de Gaz, da Cisjordânia e de Jerusalém Leste.

Este é o quadro nacional e internacional que deve determinar a conduta dos órgãos de soberania da República portuguesa.

Não cabe, pois, a menor das dúvidas que Portugal tem o dever de reconhecer o Estado da Palestina, como forma de resolver o conflito no Médio-Oriente que resulta da ocupação ilegal daqueles territórios palestinianos e onde há de assentar o futuro Estado palestiniano. Dois povos, dois Estados. Simples.

Então de que está à espera Portugal? De quem? Da decisão dos EUA cuja Administração considera escandaloso o mandado de detenção de Netanyahu? Portugal é ou independentes na formulação da nossa política externa?

Se não é de quem, é de quê? Quanto menor apoio tiver o governo de Netanyahu maiores serão as probabilidades de parar os massacres, e de ser encontrada uma solução pacífica; sendo assim está à espera de quê?

Quando os EUA invadiram o Iraque o governo do PSD correu célere a descobrir o que não existia, as tais armas de destruição massiva. Agora que há todos os segundos uma ocupação e mortes a rodos, este governo espera o quê? A solução final para os palestinianos?

O quem e o quê envergonham Portugal. A Palestina será um dia um Estado independente e Portugal aparecerá do pior lado da História.

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