Ronaldo quando ganhava bolas de ouro e competia taco a taco com Messi falava pouco e marcava muito.
Quando a idade não perdoou e na Europa as equipas de relevo não o quiseram, pelo ego de Ronaldo não caber no balneário, teve de ir bater a outra Liga, com treinadores no mesmo registo – sem mercado.
Ronaldo está na Arábia Saudita onde o futebol praticado é, se comparado com a Europa, confrangedor. Basta ver um jogo. Adormece.
Ronaldo encarna uma daquelas personagens que se fixa a um passado e dele fica prisioneiro. No caso é a mania da grandeza que o impede de viver tranquilo dentro de si. Busca o que não voltará por total impossibilidade, a idade não para.
Um português, capitão da seleção nacional, que para justificar a descida de divisão afirma que a liga saudita está acima da liga portuguesa não está bem de cabeça, talvez que tantas cabeçadas vitoriosas o tenham feito perder a racionalidade. Os tentos tiraram-lhe o tento.
Há uns anos tolerava-se a Ronaldo o narcisismo, vindo de onde vinha e sobretudo porque era uma máquina de marcar golos. Agora corre a justificar-se e para tanto precisa de desqualificar o que tem outa qualificação no plano da qualidade.
A inveja dá cabo da cabeça a qualquer um, mesmo a uma cabeça que ficou mais conhecida por marcar muitos golos do que por pensar. Pelos vistos nem os duzentos milhões de euros por ano o deixam tranquilo; a inveja tem destes males. E ainda é tão novo…